35ª Missa da Terra é considerada sucesso e tem recorde de público
A 35ª edição da Missa da Terra, no distrito de Piquirivaí, em Campo Mourão, foi considerada um sucesso pelos organizadores. Teve um recorde de público, com o dobro de participantes do ano passado. Foram mais de 250 pessoas presentes, conforme estimaram.
A comunidade local e visitantes participaram da celebração religiosa, que começou às 6 horas da manhã desse domingo (16), em um sítio em frente ao trevo de acesso ao distrito. Depois, também puderam prestigiar a 1ª Feira Delícias da Comunidade, com a comercialização de alimentos produzidos pelos moradores locais, em prol da Capela Imaculada Conceição.
Todos os anos, esse momento de agradecimento e confraternização tinha como público principal os próprios moradores de Piquirivaí. Já para este ano, o convite se estendeu a moradores de Campo Mourão e região e superou as expectativas dos organizadores e de toda a comunidade “Nós ficamos muito felizes com o resultado, tanto da missa quanto da feira”, resumiu Mariana Sambati.
Os participantes se reuniram em uma atitude de fé para agradecer especialmente à colheita e pedindo bênçãos para a agricultura, principal fonte de renda da comunidade. A missa foi celebrada pelo padre Aédio Odilon Pego, pároco da Paróquia Sagrada Família de Campo Mourão, à qual a capela é vinculada.
Os alimentos agrícolas dispostos no altar simbolizaram as produções feitas pela população e ajudaram a ornamentar o ambiente de forma especial para os participantes. Além disso, maquinários utilizados para o cultivo dos produtos também foram posicionados no local, para receberem a bênção e trazerem ainda mais representatividade do campo.
Um dos responsáveis pela criação da Missa da Terra e que residiu na comunidade de Piquirivaí por muitos anos, Valdir Bonete, participou, este ano, de uma forma especial: com seu violão, na animação da liturgia. “Foi como voltar ao passado, lembrando como tudo começou, na mesma comunidade, na mesma função”, falou nostálgico.
Após a divina liturgia, os fiéis partilharam alimentos produzidos pelos próprios participantes, como leite, café, pães, bolos, entre outros, em um momento de confraternização.
A 1ª Feira Delícias da Comunidade também foi considerada pelos organizadores como um sucesso e permitiu que os visitantes levassem para suas casas alimentos cultivados pelas famílias locais. Foram vendidos produtos coloniais, como pães, bolos, bolachas, tortas e diversas outras opções.
“Nossa comunidade é extremamente caprichosa e produz quitutes dignos de chegarem à mesa de toda a região”, afirmou a presidente da Capela Imaculada Conceição, Mariana Sambati. Muitos produtos foram recebidos por meio de doações. A presidente estima que foram vendidos cerca de 150 produtos. “A gente ficou bem feliz com a repercussão”, expressou.
Origem
No final da década de 1980, um grupo de jovens católicos, denominado Juventude Católica de Piquirivaí (JUPAC), incluindo Bonete, assim como Rosanida (com quem se casou em 1993), teve a ideia de fazer uma celebração em agradecimento a Deus pela colheita. Porém, o diferencial proposto era de que a missa fosse rezada fora da capela.
Entre os possíveis locais, o ideal pensado pelos numerosos e engajados jovens que integravam o grupo na época seria em uma área rural. Empolgados, eles começaram a pensar nos demais detalhes para aquele momento especial. Entre eles, o horário de início da celebração também precisava ter um significado.
Foi então definido que iniciaria às 6 horas da manhã, como forma de lembrar o horário que as atividades do campo costumam ser iniciadas pelos agricultores. “Em razão do horário, tivemos também a ideia de pedir a quem viesse à missa trazer o café da manhã para compartilhar entre todos”, contou Bonete.
Mesmo que muitos jovens, alguns anos depois, tenham saído da comunidade para morar em outros lugares, a tradição da missa se manteve, sempre após a colheita, e vem se expandindo a cada ano.
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