79,9% das propriedades rurais tiveram rebanhos atualizados na região, prazo encerra hoje

Encerra nesta quarta-feira (30) o prazo de atualização cadastral dos rebanhos. Diferentemente de 2020, quando houve duas etapas, neste ano o período será único. Até essa terça-feira (29), cerca de 79,9% das propriedades rurais tiveram seus rebanhos atualizados na região, conforme a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), núcleo de Campo Mourão.

“O número está muito baixo. Até esta esta quarta-feira acreditamos que deva aumentar em torno de mais uns 5%. Nos últimos dias ligamos aos produtores para lembrá-los da atualização, mas mesmo assim ainda continua um índice baixo”, avaliou o médico veterinário da Adapar, Régis Canteri.

Há na Comcam 10.414 propriedades com explorações pecuárias. Somente o rebanho bovino é estimado em 445.168 animais. Todos os animais que transitam com interesse econômico devem ter a Guia de Trânsito Animal (GTA), devendo ter o cadastro atualizado. “Por estar na reta final, esperávamos que este índice de atualização estivesse entre 90% a 95%”, frisou Canteri.

Na região, a cidade de Corumbataí do Sul está com o maior índice de comprovação: 87,6%, seguido de Araruna (86,8%); (75,5%); Farol (75,4%); e Campo Mourão (71,8%). “Da mesma forma que acontecia durante a campanha de febre aftosa, o produtor que não fizer atualização do rebanho dentro do prazo está passível de auto de infração”, alertou o médico veterinário. A multa é por propriedade, no valor de R$ 1.135,40. “Todo rebanho necessita de atualização. Não precisa necessariamente ser bovino”, lembrou Canteri.

Além de bois, devem ser cadastrados rebanhos de búfalos, cabras, ovelhas, suínos, cavalos, jumentos, mulas, galinhas e peixes. Quem não cumprir a exigência dentro do prazo ficará impedido também de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos. “A GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade”, ressaltou o veterinário.

Os criadores podem fazer a atualização no sistema online pelo site da Adapar (www.adapar.pr.gov.br) e também presencialmente em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município (prefeituras).

O objetivo da campanha é levantar informações precisas de todo o rebanho animal, garantindo a rastreabilidade e sanidade do mesmo. A orientação é que a atualização de rebanhos seja realizada preferencialmente de forma on-line, pelo site da Adapar. Nele, o produtor encontrará o banner Campanha de Atualização do Rebanho, que possibilita acesso ao sistema de comprovação. O atendimento presencial nas Unidades da Adapar e instituições autorizadas só será feito quando cumpridas as orientações das autoridades sanitárias de saúde pública.

Canteri explica que a atualização do rebanho é fundamental para auxiliar a vigilância sanitária e garantir a manutenção do status internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação. “Encerrando o prazo de atualização, aquele produtor que não conseguimos localizar ou não vem de imediato ao escritório regional, vamos in loco fazer a fiscalização para ver se ainda tem animais ou a exploração pecuária. Acontecem muitos casos de o produtor terminar com a exploração pecuária e não avisar”, comentou.

O Paraná é reconhecido nacionalmente como área livre de febre aftosa sem vacinação desde 1º de setembro de 2020. O reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ocorreu no final de maio. A Adapar tem todas as propriedades rurais georreferenciadas no Estado, mas precisa dos dados internos de produção com vistas a tornar mais ágil e eficaz uma ação de controle no raio em torno, caso ocorra um eventual foco de aftosa, o que é possível, visto se tratar de um vírus.