Acicam diz que volta do horário do comércio evita demissões

O decreto do prefeito Tauillo Tezelli publicado na sexta-feira (21) que autoriza o comércio a retomar o horário de atendimento a partir de segunda-feira (24) após mais de 90 dias, deixou os empresários mais aliviados. Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial (Acicam), Ben Hur Berbet, a decisão vai evitar demissões. 

“Muitas empresas estão com dificuldades e haveria mais demissões e redução de salários já na próxima semana. Temos 17 cidades vizinhas com funcionamento normal e outras do mesmo porte de Campo Mourão também com horário normal de atendimento”, observa Berbet, ao justificar o pedido dos empresários ao prefeito. O gerente de uma empresa da cidade revelou que iria dispensar dois funcionários na próxima semana, mas suspendeu as demissões ao saber do retorno do horário.

Segundo o presidente, um levantamento por amostragem feito pela Acicam nos primeiros meses da pandemia constatou que houve várias reduções de salários e demissões. No entendimento dos empresários, o comércio não é o difusor do Coronavírus. “Todos estão tomando os cuidados recomendados e adotaram as normas de segurança. Notamos que o horário reduzido é que afunila mais o número de clientes, gerando filas e aglomerações”, pondera.

Os setores mais impactados por conta da pandemia, segundo ele, são o turismo e eventos. “Tem funcionários de buffets, por exemplo, que perderam o emprego e empresários fecharam seus negócios. É claro que como em toda crise teve setores que se beneficiaram, mas não foi o caso da maioria”, argumenta o presidente.

A expectativa do comércio, segundo Berbet, é que aos poucos tudo vá se normalizando. “Já estamos organizando a campanha de Natal da Acicam e até lá esperamos que a situação esteja próxima da normalidade, claro que no novo normal, com as adaptações que certamente sofrerá”, disse o presidente, ao acrescentar que apesar da pandemia a campanha do Dia dos Pais foi um sucesso. 

O decreto da prefeitura não especifica horário de funcionamento do comércio, mas autoriza conforme pactuado nas convenções coletivas de trabalho das respectivas categorias. “Continuam valendo as medidas de segurança sanitárias destinadas a evitar a aglomeração de pessoas e a propagação da Covid-19”, explica o coordenador geral do município, Carlos Alberto Facco.