Alunos de Geografia da Unespar exploram diversidade territorial do Paraná em atividade de campo

A graduação em Geografia da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Campo Mourão, vai além das teorias exploradas em sala de aula, sendo as atividades de campo consideradas fundamentais para esse processo. Exemplo disso foi a experiência interdisciplinar vivenciada no último final de semana por alunos do primeiro ao quarto ano do curso, que percorreram diferentes municípios do estado. A atividade, acompanhada por professores de diferentes disciplinas, permitiu aos acadêmicos articular os conteúdos à realidade territorial.

A primeira parada foi em Colombo, onde os estudantes visitaram a Gruta do Bacaetava. De acordo com Mayra Stevanato, uma das professoras responsáveis pela organização da excursão educativa, o espaço se trata de um importante patrimônio espeleológico protegido. No local, os visitantes observaram de perto as formações calcárias e discutiram processos geológicos e conservação ambiental.

Atividade iniciou no município de Colombo, onde os estudantes visitaram a Gruta do Bacaetava

O grupo também foi até uma empresa de produção de cal na cidade, para analisar os impactos e as implicações do uso de recursos minerais. Ainda em Colombo, a passagem por uma vinícola local promoveu a compreensão da relação entre geografia, agricultura e produção regional.

Após explorar os diferentes contextos geográficos no município, a turma seguiu para o litoral do Paraná, com destino à Ilha do Mel. “No local, os estudos foram direcionados à dinâmica costeira, erosão marinha, uso turístico e preservação ambiental”, explicou Mayra.

Para enriquecer ainda mais a experiência, a aula de campo contou com a participação do professor Dr. André Luiz, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e integrante do Grupo de Estudos Costeiros e Núcleo de Estudos Paleobiogeoclimáticos, especialista em geomorfologia costeira. Ele contribuiu com análises técnicas e discussões em campo.

Na gruta, os alunos observaram de perto as formações calcárias e discutiram processos geológicos e conservação ambiental

A docente ressaltou que as atividades in loco proporcionaram a integração dos conteúdos de geologia, geomorfologia, recursos naturais e dinâmicas socioeconômicas, por isso se consolidou como uma intervenção interdisciplinar, fortalecendo, ainda, a interação entre docentes e discentes. “Os trabalhos de campo são fundamentais para a formação em Geografia. É nesse momento que o aluno consegue conectar o que aprende em sala com a realidade concreta do espaço geográfico”, afirmou.

Ela destacou que, por meio dessas atividades externas, os alunos podem analisar e vivenciar os processos naturais e sociais de forma integrada. “É uma experiência que amplia o olhar geográfico e fortalece a compreensão crítica do espaço”, disse, ao resumir que, no campo, a teoria ganha, de fato, vida.

Os estudantes também foram a uma vinícola em Colombo, promovendo a compreensão da relação entre geografia, agricultura e produção regional

A professora sinalizou que a experiência é importante para ambas as habilidades ofertadas na Unespar, ou seja, licenciatura, que forma profissionais para a docência, e bacharelado, voltado à habilitação de profissionais para atuarem em análises, planejamento e gestão de questões ambientais, sociais e territoriais. No campus, as duas são ofertadas de forma integrada nos dois primeiros anos. A partir do terceiro, o aluno opta pelo bacharelado ou pela licenciatura.

Professores do curso no campus de Campo Mourão acompanharam a atividade de campo interdisciplinar

Serviço

Para conhecer mais sobre o curso de Geografia da Unespar de Campo Mourão, os interessados podem acompanhar as publicações no perfil do Instagram: @geounesparcampomourao

Na Ilha do Mel, os conhecimentos explorados foram voltados à dinâmica costeira, erosão marinha, uso turístico e preservação ambiental