Campanha “Imposto de Renda Solidário” é lançada em CM

Foi lançada mais uma edição da campanha “Imposto de Renda Solidário” em Campo Mourão, a primeira, depois do período pós-pandêmico da Covid-19. A ação é voltada à arrecadação da destinação do IR em prol de entidades socioassistenciais e seguirá até o próximo ano.

Por meio da campanha, o contribuinte pode destinar parte do imposto que pagaria para o governo federal para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA) e para o Fundo Municipal do Idoso (FMI). Atualmente nove entidades são beneficiadas com a arrecadação dos dois fundos. No período 2022/2023, Campo Mourão ficou em 4º lugar no estado do Paraná em arrecadação.

“Além da solidariedade, a destinação do recurso demonstra a credibilidade que o contribuinte mourãoense tem dado à campanha e aos projetos sociais realizados pelas entidades. Com esse lançamento conclamamos a todos a colaborar para dobrarmos o valor nessa próxima campanha”, salientou o prefeito Tauillo Tezelli, ao lembrar que, nos últimos anos, a arrecadação para os fundos municipais cresceu 279%.

A campanha começou em 1997. Todo ano, desde então, a ação passou a ser realizada no município. Silvia Andreia da Rocha, assessora do Fórum das Entidades Filantrópicas de Campo Mourão e coordenadora da campanha, explicou que a primeira edição teve uma arrecadação de R$ 9.351,00. A mais recente, de 2022/2023, somou quase R$ 2 milhões. “A nossa meta, por agora, é aumentar a arrecadação. Nós temos crescido em torno de 20% por ano”, informou Silvia, ao ressaltar que apenas a última arrecadação teve um aumento um pouco menor, acreditando ser por alguma questão econômica. “Mas a campanha não baixou, isso é muito importante”, frisou.

A ação de arrecadação conta com algumas redes sociais, como Instagram e Facebook. A coordenadora do movimento disse que esses canais têm como objetivo informar, motivar e sensibilizar a população a se tornar contribuinte. Há informações como os valores que estão sendo arrecadados a cada ano e prestação de contas de quando os recursos são distribuídos para as entidades. Além disso, são feitas notas de motivação para a população, esclarecimentos, entre outras informações.

“É muito importante que cada contribuinte se lembre que ele não está fazendo uma doação, não precisa tirar dinheiro a mais do bolso, não é um recurso a mais que ele vai ter que usar do seu dinheiro para destinar. Ele simplesmente vai, em vez de pagar para o governo federal, deixar um pedacinho para Campo Mourão”, reforçou Silvia.

Ela lembrou que isso é fruto de uma escolha que cada um deve fazer, possibilitando acompanhar de perto para onde vai o dinheiro destinado. Reforçou que é possível ir até os locais beneficiados para conhecer os últimos projetos que foram executados com recursos do IR. “O contribuinte não perde nada com isso, não usa dinheiro a mais, simplesmente escolhe deixar uma parte na cidade dele ao invés de mandar tudo para o governo federal, que daí é mais difícil de acompanhar para onde vai”, completou.

Campo Mourão tem cerca de 7,5 mil contribuintes aptos a participarem da ação de solidariedade. Diante disso, durante o lançamento da campanha, o prefeito de Campo Mourão, Tezelli, lançou um desafio: fazer a arrecadação de 50% do potencial da cidade.

Como destinar o IR para a campanha

Silvia explicou que é possível fazer a contribuição em duas fases. Na primeira, a pessoa faz a destinação até o final de dezembro do ano em que faz as despesas. Para isso, deve entrar em um link específico da página da prefeitura na internet, imprimir um boleto e fazer o pagamento até o final do mês de dezembro. Nesse período, as pessoas jurídicas podem destinar 1%, e as pessoas físicas, 6% para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA) e o Fundo Municipal do Idoso (FMI) (3% para cada ou 6% para um dos dois).

Na segunda fase, Silvia esclareceu que o contribuinte pode fazer diretamente na declaração de IR. No sistema da Receita Federal, já tem a possibilidade de a pessoa fazer a destinação, com as informações especificadas de quanto poderá destinar. “Só que, nessa fase, ele só pode destinar 3%, no máximo, para cada fundo. Ele também pode destinar 6%, mas, nesse período, especificamente ele tem que dividir”, disse.