Campo Mourão é destaque no PR na produção de equipamentos eletromédicos

Dados de uma pesquisa inédita feita pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão (Codecam) revelou que o município de Campo Mourão é destaque no Paraná na geração de empregos formais na atividade de fabricação de aparelhos eletromédicos. O levantamento foi realizado em parceria com o Programa Vocações Regionais Sustentáveis do município.

Os dados apontam que o segmento emprega 197 profissionais no município. O segundo maior empregador na atividade é Curitiba, com 124 vagas, seguido de Londrina, com 21. Outro destaque é o total de empresas que atuam na área. A cidade tem 6, ficando apenas atrás de Curitiba, com 8.

“O estudo analisa a cadeia produtiva de eletromédicos. O intuito é verificar as características da atividade no município, sua relevância e os principais gargalos enfrentadas pelos empresários em termos de comercialização e produção”, afirma o presidente do Codecam, empresário Newton Leal. A sondagem foi feita com empresários do setor. “Foi identificado também a existência de um ecossistema local bem consolidado e a importância das incubadoras no desenvolvimento e fortalecimento da atividade no município”, destacou.

Por outro lado, a qualificação da mão de obra é um dos principais gargalos do segmento. O presidente do Codecam destacou que os próximos passos do estudo é um aprofundamento para mensurar os impactos sociais e ambientais em Campo Mourão e região.

Cidade polo

Campo Mourão é reconhecida no Estado como um importante polo de empresas fabricantes de equipamentos médicos, hospitalares, odontológicos e estéticos. Em meados da década de 1990, o empresário Ater Cristófoli estava com dificuldades de conseguir mão de obra qualificada para sua empresa, a Cristófoli Biossegurança, empresa líder nacional em vendas de autoclaves de mesa. Foi assim que surgiu a ideia de criar uma instituição que capacitasse jovens interessados em entrar no mundo da robótica, mecânica e design de produtos.

A Fundação Educere nasceu em 1997 e logo foi-se percebendo o perfil empreendedor de muitos alunos. Foi assim que a Fundação passou a ser também uma incubadora de projetos inovadores. Depois de 23 anos, 14 empresas foram lançadas. A ligação com o segmento médico fomentou o desenvolvimento de produtos nesta área. Das 14 empresas graduadas, oito fazem parte do quadro de mantenedores da Fundação. Além da contribuição financeira, elas participam da diretora, dão mentoria aos projetos incubados e participam das bancas de seleção de projetos.

A cada dois anos, a Educere abre 30 vagas para jovens de 14 a 16 anos interessados em entrar no mundo da tecnologia com aulas de eletrônica, mecânica e design de produto. Após dois anos, os alunos participam, como bolsistas, de projetos desenvolvidos pelas empresas incubadas. Alguns pulam essa etapa e são diretamente contratados pelas empresas graduadas.