Casos de dengue têm aumento de 22% em uma semana na região

Além do coronavírus (Covid-19), a população deve ficar em alerta para outro inimigo não menos perigoso: a dengue. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em uma semana – do dia 2 a 9 deste mês -, os casos da doença tiveram um aumento de 22% na região de Campo Mourão. Alguns municípios, como Roncador, por exemplo, estão com alto risco para epidemia da doença.

Até semana passada a Comcam tinha 284 diagnósticos de dengue, saltando nesta semana para 348 confirmações. Os casos em investigação aumentaram de 1.737 para 2.051. 

As cidades com casos confirmados de dengue são: Araruna (1); Barbosa Ferraz (9); Boa Esperança (1); Campina da Lagoa (132); Campo Mourão (1); Corumbataí do Sul (1); Engenheiro Beltrão (1); Goioerê (1); Iretama (8); Juranda (1); Mamborê (4); Moreira Sales (6); Nova Cantu (1); Peabiru (7); Quinta do Sol (5); Rancho Alegre D'Oeste (1); Roncador (5); Terra Boa (5); e Ubiratã (158).

De acordo com o Boletim da Sesa, a Comcam tem também quatro casos suspeitos de Febre Chikungunya, doença transmitida também pelo Aedes aegypti. Os registros são em Janiópolis (1); Rancho Alegre D’Oeste (1); e Terra Boa (2). Em 2020 a Comcam viveu a pior epidemia de dengue de sua história com 15.394 confirmações e 14 mortes. 

No Paraná, de acordo com a Sesa, os dados acumulados no período epidemiológico, iniciado em agosto do ano passado, registram 3.927 casos confirmados e nove óbitos, 36.658 notificações, 18.846 casos descartados e 9.333 em investigação.

347 municípios têm notificações para a dengue e 223 apresentam casos confirmados. O Estado tem até o momento 59 municípios que apresentam incidência proporcional acima de 50 casos por 100 mil habitantes.

Na Comcam, a Regional de Saúde tem realizado o trabalho de campo em conjunto com os municípios para eliminar os criadouros do mosquito e reforçar as orientações para a população. Atualmente, cerca de 90% dos criadouros do mosquito transmissor da doença estão nos quintais e ambientes internos das residências

Sintomas

A dengue se manifesta com a febre, de início abrupto, associada a dores de cabeça, dores musculares, nas articulações, atrás dos olhos e o surgimento de exantemas, que é a vermelhidão pelo corpo.

Os sinais de alerta a dengue apontando evolução para quadros mais graves associa dores abdominais fortes e contínuas, vômitos, tonturas, sangramentos, queda no número de plaquetas, hipotensão, entre outros.

Na dengue grave, podem surgir sangramentos severos, inclusive hemorragia digestiva, choques e formas de comprometimento neurológico, hepático e cardíaco.

O médico da Sesa, Enéas Cordeiro de Souza Filho, da Vigilância Ambiental, diz que “diante do período epidemiológico da circulação de dengue no estado frente à pandemia por Covid-19, compete à equipe de saúde na Atenção Básica e Urgência e Emergência o acolhimento, o diagnóstico e o manejo clínico adequado. O paciente deve evitar postergar a procura por atendimento e evitar a automedicação.”