Católicos celebram a paixão e morte de Cristo nesta Sexta-feira Santa

Com orações, jejum e silêncio, a Igreja Católica reúne seus fiéis hoje para celebrar a Sexta-feira Santa ou Paixão de Cristo como é conhecida. Neste dia os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos. Desde o último domingo as paróquias de Campo Mourão seguem com suas programações especiais.

Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo Pascal – celebrações que ocupam três dias, quinta-feira, sexta-feira e sábado – o mais importante período do calendário litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, sendo o único dia em que não se celebra a Eucaristia. Por conta disso, se recolhe no silêncio. Ou seja, sem a realização de missas.

No município, as paróquias iniciaram ontem à noite, após missa da Instituição da Eucaristia e Lava-Pés, a adoração do Santíssimo Sacramento, que prossegue até o sábado (30), à noite, quando inicia a Vigília Pascal. A Instituição da Eucaristia recorda a última Ceia de Jesus. Essa missa começa, mãos não termina, pois o padre não faz a bênção final. Em vez da bênção, sacerdote e assembleia saem em silêncio e o Sacrário fica vazio. O Santíssimo Sacramento é transladado para outro local. Na maioria das igrejas é comum as pessoas passarem a noite em vigília.

Na Catedral São José, nesta Sexta, às 15 horas será realizada a cerimônia da “Paixão do Senhor” . Este é o horário em que Jesus foi morto. A celebração consta de três partes: liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística. Às 18 horas será realizada a Procissão do Senhor Morto.

No sábado (8), às 19h30, será celebrada a Missa da Vigília Pascal. O Sábado Santo, ou da Aleluia, é considerado o ápice da celebração com a vigília, chamada pela igreja de ‘vigília da ressurreição’. “Se pudéssemos dizer que existe uma solenidade mais importante da igreja é essa do Sábado Santo. Porque a Páscoa significa passagem da escravidão para a vida. E Jesus refaz essa passagem da escravidão da morte para a vida”, diz o Bispo Diocesano Dom Bruno Versari.

Único dia sem missa

A Sexta-feira Santa é o único dia do ano em que a Igreja Católica não celebra nenhuma missa – em todos os outros dias, inclusive da própria Semana Santa, as celebrações acontecem normalmente.

De acordo com a tradição cristã, a data religiosa que relembra a crucificação de Jesus Cristo deve ser marcada pelo silêncio, justamente pela morte de Jesus.

Segundo os ensinamentos católicos, o dia é reservado para a reflexão dos católicos, que aproveitam a oportunidade para agradecer a Jesus Cristo enquanto se aguarda a celebração da ressurreição na Páscoa. Ou seja, para os católicos, o dia é marcado pelo silêncio da morte de Cristo, um dia reservado para a reflexão a Deus.

Quinta-feira Santa

A quinta-feira marca o fim da Quaresma (período de quarenta dias, subsequentes à Quarta-feira de Cinzas, em que os católicos se dedicam à penitência em preparação para a Páscoa). Nesse dia, celebra-se a Missa dos Santos Óleos ou Missa do Crisma, quando o oficiante abençoa os óleos usados nos sacramentos do Batismo, do Crisma e da Unção dos Enfermos. Entre os ofícios do dia, o de maior simbolismo é o lava-pés, em que o sacerdote lava o pé direito de 12 homens, imitando o que Jesus fez a seus discípulos na Última Ceia.

Sexta-feira Santa

Na sexta-feira, celebra-se a paixão (o martírio) e a morte de Cristo. O ofício consiste na adoração do Cristo crucificado – ou Adoração da Cruz -, precedida por leituras da Bíblia e seguida pela comunhão eucarística. Em várias cidades brasileiras, após a celebração acontece a Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto, em que populares e religiosos percorrem algumas ruas tocando e cantando músicas fúnebres.

Sábado Santo

Finalmente, no Sábado Santo, celebra-se, entre o pôr-do-sol do sábado e o amanhecer de domingo, a Vigília Pascal, o ofício mais importante do calendário litúrgico católico, por ser a celebração da ressurreição de Jesus. Em algumas cidades, logo nas primeiras horas da manhã de domingo acontece a Procissão do Encontro, na qual duas procissões – uma com a imagem de Nossa Senhora, mãe de Jesus, e outra com a imagem do Cristo ressuscitado – partem de lugares diferentes e se encontram, quase sempre às portas da igreja matriz.


Marcada pela conversão, Páscoa é o momento mais tradicional no calendário litúrgico

Celebrada ao fim da Quaresma, após 40 dias de penitências, orações e jejum, a Páscoa é marcada pela conversão

A Páscoa é considerada o momento mais tradicional do calendário litúrgico dos cristãos. Celebrada ao fim da Quaresma, após 40 dias de penitências, orações e jejum, a Páscoa é marcada pela conversão. De acordo com a Igreja, a Quaresma é a revisão da vida, momento em que o cristão deixa o pecado para trás para viver a Páscoa.

Os símbolos atribuídos à data também remetem à conversão. Nas celebrações litúrgicas, tem o círio pascal, para recordar a luz e mostrar que Deus vence as trevas. O ovo é utilizado para recordar a vida, pois, a partir dele, é gerada a vida. Ele foi tomado pela tradição, e se utilizam, hoje, o chocolate e o coelho, que representa fertilidade.

Atualmente não é muito utilizado, mas o girassol também é um símbolo, pois é uma flor que está sempre voltada para a luz, representando o fiel que deve estar sempre voltado para Deus.