CEDH ACOLHE fornece apoio psicológico à comunidade interna da Unespar

Para apoiar a comunidade acadêmica com suporte emocional, a Unespar (Universidade Estadual do Paraná), campus de Campo Mourão, assim como outros campi, conta com o Programa de Apoio Emocional CEDH ACOLHE. Ele é coordenado pela Diretoria de Direitos Humano (DDH) da instituição, sob responsabilidade, atualmente, da professora do Colegiado de Pedagogia, Fabiane Freire França.

Em entrevista à TRIBUNA, a docente falou sobre o surgimento da iniciativa e a evolução do programa desde a criação do projeto-piloto, entre 2017 e 2018. “O projeto-piloto nasceu em Campo Mourão, quando, na época, a professora Cláudia Priori e eu fizemos uma parceria do Centro de Educação e Direitos Humanos com a Unicampo”, explicou.

A parceria foi feita, então, para que os estágios dos estudantes de Psicologia pudessem ser feitos na Unespar em forma de Plantões Psicológicos, sempre mediante supervisão de um profissional graduado, de acordo com Fabiane. O objetivo desses plantões é oferecer um atendimento breve, com a escuta, acompanhamento e acolhimento feitos por um estudante/psicólogo.

Devido ao sucesso desse projeto inicial, a proposta foi tomando proporções maiores, chegando aos demais campi da Unespar e sendo formalizado como programa CEDH ACOLHE. “Tem como principal objetivo enfrentar esses desafios causados por sofrimento emocional”, disse, completando que são oferecidas diversas ações em cada campus, como apoio psicológico, grupo de escuta psicanalítica, algumas palestras e cursos.

A docente ressaltou que esse trabalho não se configura como tratamento. Isso porque a Unespar não tem uma clínica de Psicologia. Trata-se de um programa voltado para suporte emocional e, também, avaliação e encaminhamento para tratamento, quando for o caso.

Assim, o apoio psicológico é realizado mediante atendimentos individuais, destinados a discentes, docentes e agentes universitários, realizados por psicólogos devidamente registrados no Conselho Regional de Psicologia (CRP).

“O trabalho específico do profissional psicólogo acontece por meio de apoio emocional, que geralmente dura algumas sessões breves, de uma a dez, doze sessões”, esclareceu a docente. O ‘atendimento’ não para por aí. “Ao observar que precise de outros encaminhamentos, o profissional faz a carta de encaminhamento para outras demandas da saúde”, completou.

Atualmente, em Campo Mourão, o programa continua com a parceria com a Unicampo para os Plantões Psicológicos. Além disso, conta com a coordenação de uma das profissionais, Jessy Nicole Mello de Souza. Ela fez o plantão na Unicampo como estagiária, enquanto era estudante, formou-se como psicóloga e, agora, está à frente dessa parte do projeto.

Apoio psicológico à comunidade externa

Durante a pandemia de Covid-19, o programa também atendeu a comunidade externa. “A Jessy fez um trabalho incrível, porque ela conseguiu conciliar e até fazer Plantões Psicológicos para além da comunidade acadêmica, no campus de Campo Mourão, inclusive, para a comunidade externa”, disse Fabiane, ao destacar que esse trabalho foi desenvolvido juntamente com demais profissionais da Psicologia.

Naquele momento, as equipes foram até os bairros para desenvolver o trabalho, assim como ofereceram o acolhimento no estacionamento da Unespar. O resultado, segundo a docente, foi muito bem-sucedido.

Conforme a coordenadora, depois da pandemia, o programa acabou voltando a atender apenas o público interno. No entanto, ela destacou que há planos para voltarem com essa maior abrangência do programa também

Escuta psicanalítica

Fora o acolhimento e os plantões, que são individuais, o programa também conta com um grupo de escuta psicanalítica. Para isso, tem o apoio de profissionais que se disponibilizam a fazer um trabalho voluntário, com o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento de demandas psicossociais de discentes, docentes ou agentes universitários.

“Eles têm como cerne uma orientação psicanalítica que visa ao acolhimento emocional, formação de rede de apoio e encaminhamento externo para acompanhamento clínico”, comentou Fabiane.

De acordo com a professora, esse serviço não tem tido tanta procura, apesar dos resultados positivos identificados com os grupos atendidos. Para ela, a comunidade da Unespar precisa se engajar, para que o trabalho não ‘morra’. “São profissionais altamente gabaritados, psicanalistas, que têm essa vontade de fazer esse grupo”, frisou.

Essa escuta é realizada de forma remota, pelo Google Meet, uma vez por semana, todas as sextas-feiras, das 17 horas às 18h30. “Atualmente, a gente tem 32 vagas por campi ainda”, informou.

Serviço

O profissional da área que queira se voluntariar pode acessar a página da Propedh (Pró-Reitoria de Políticas Estudantis e Direitos Humanos) e verificar o edital, que tem fluxo contínuo, para maiores detalhes para inscrição. Interessados podem acessar o link: https://tinyurl.com/tc6hh2z9

Já para quem faz parte da comunidade escolar da universidade e tem interesse em buscar acolhimento no CEDH ACOLHE, basta entrar na página da Unespar, na internet, procurar o contato do campi correspondente e fazer o agendamento. O e-mail para contato em Campo Mourão é: [email protected]