Censo 2022 começa com mais de 300 profissionais atuando na região; veja como vai funcionar

Começou nesta segunda-feira (1º de agosto), a coleta de informações do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com mais de 300 profissionais entre agentes censitários e recenseadores atuando na região. Em todo o Paraná, são mais de 11 mil, conforme o IBGE.

“Pedimos aos moradores que repassem dados verdadeiros e reais. A pesquisa é muito importante. Os dados atuais estão bastante defasados. São doze anos sem o Censo. Este levantamento é essencial para a melhoria e implementação de novas políticas públicas. Ou seja, reflete na vida de todo mundo. Então pedimos a população que receba bem os nossos recenseadores para que a gente consiga retratar a sociedade fielmente conforme a sua realidade”, comenta o coordenador de área do IBGE em Campo Mourão, Marcos Vinícius Vicente,

Somente em Campo Mourão, o levantamento deve passar por mais de 30 mil domicílios e mais de 120 mil na Comcam. Os questionários poderão ser respondidos no formato físico, diretamente ao recenseador, por telefone ou pela internet. Nos dois últimos casos, o primeiro contato também será presencial.

As coletas de campo serão feitas até outubro, conforme cronograma. O IBGE estima que os primeiros resultados, inclusive com dados populacionais, devem ser divulgados em dezembro.
Segundo o IBGE, as visitas poderão ser feitas em horários noturnos, durante feriados e fins de semana.

Planejado para ser realizado a cada 10 anos, o Censo ocorre em 2022 após ser cancelado em 2020 por conta da pandemia do coronavírus e suspenso no ano seguinte por não ter verba direcionada pelo Governo Federal para a realização.

Marcos Vicente alerta que para evitar dores de cabeça, o IBGE divulgou orientações sobre como os moradores podem identificar um recenseador no momento da abordagem. Conforme o órgão, devem ser observados os seguintes itens: uniforme do recenseador, usando colete e boné com logotipo do Censo; porte do dispositivo móvel de coleta (DMC); crachá visível no bolso do colete, com nome, número de matrícula e foto. Para realizar a confirmação, o cidadão deve fornecer o nome, matrícula ou CPF do recenseador. Em caso de dúvidas, moradores também podem verificar a identidade do recenseador na internet (clique aqui para acessar a plataforma) ou pelo telefone 0800 721 8181. Nestes casos, será preciso fornecer nome, matrícula e/ou CPF do agente do IBGE.

“Vamos passar de casa em casa sem deixar nenhuma para trás”, Marcos Vicente. Segundo ele, os dados preliminares começam a ser divulgados ainda no fim deste ano. O Censo 2022 está bem mais tecnológico. A questão da cobertura de sinal dos tablets utilizados pelos profissionais, por exemplo, é via satélite. Além disso, os supervisores terão informação exata de onde os recenseadores estarão em tempo real, se as áreas rurais foram cobertas na íntegra, ou se ficou alguma propriedade para trás.

Qual a importância do Censo?

Com um panorama tão completo, a pesquisa ajuda na construção das políticas do país. Além da contagem populacional, a pesquisa traz dados sobre condições de vida, emprego, renda, acesso a saneamento, saúde e escolaridade, entre outros. Essas informações são essenciais para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas e para a realização de investimentos públicos e privados.

Entre as políticas públicas afetadas pelo Censo, é possível citar: calibragem da democracia representativa, através da contagem populacional (definição do número de deputados federais e estaduais e de vereadores); determinação dos públicos-alvo de políticas públicas federais, estaduais e municipais; detalhamento da população em risco para campanhas de vacinação; ajustes nas políticas para superação e recuperação pós-pandemia; distribuição das transferências da União para estados e municípios, com impacto significativo nos orçamentos públicos (segundo o IBGE, em 2019, 65% do montante total transferido da União para estados e municípios consideraram dados de população); identificação de áreas de investimento prioritário em saúde, educação, habitação, transportes, energia, programas de assistência a crianças, jovens e idosos.