Censo 2022: Recenseadores enfrentam dificuldades na coleta de informações na região

Com início há duas semanas, recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vêm enfrentando dificuldades em Campo Mourão e região para aplicação do questionário do Censo 2022. Alguns profissionais, inclusive, são mal tratados pelos moradores, relata o coordenador de área do IBGE em Campo Mourão, Marcos Vinícius Vicente.

“Há relatos também de que em algumas cidades, como Araruna e Barbosa Ferraz, alguns moradores se recusaram até mesmo a receber as equipes”, lamenta Marcos Vinicius. Outra dificuldade é que na maioria das visitas os recenseadores não encontram os moradores em casa. O fato de ser horário comercial, algumas pessoas estão no trabalho. Nestes casos, o recenseador volta em outro horário, podendo ser à noite ou até mesmo durante o fim de semana ou feriado.

“Só pedimos à população que não maltrate os profissionais. Eles estão fazendo o seu trabalho. Além disso, a pesquisa é de fundamental importância”, ressaltou Marcos Vinícius. Ao todo, mais de 300 recenseadores vão passar em todas as residências na região da Comcam até o dia 31 de outubro deste ano. Quando não encontram nenhum morador, deixam um bilhete avisando quem é o profissional que está responsável pela região e um telefone para contato, para que a pessoa possa agendar a visita.

Somente em Campo Mourão, o levantamento deve passar por mais de 30 mil domicílios e mais de 120 mil na Comcam. As ações estão acontecendo simultaneamente nos municípios. “A pesquisa vai trazer um retrato sobre as condições de vida dos brasileiros, além de contabilizar qual a quantidade de habitantes”, frisou Marcos Vinícius.

Ela lembra que em caso de receio dos moradores, alguns itens identificam os recenseadores como colete, crachá, boné, e bolsa do IBGE. Dentro do crachá do profissional tem ainda um QR Code, que vai direcionar para o site do IBGE, onde o morador vai consultar as informações do profissional ou ligar no telefone para confirmar que realmente é o recenseador e responder o censo sem medo.

Para evitar golpes, o IBGE também disponibiliza em seu site uma ferramenta para confirmar se a pessoa é ou não funcionária do órgão. Utilizando o número de matrícula que consta no crachá do recenseador, uma pesquisa pode ser feita no site: https://respondendo.ibge.gov.br/entrevistador.html. A consulta também pode ser feita gratuitamente através do telefone 0800 721 8181. O atendimento funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas. Aos sábados, domingos e feriados, das 10 às 14 horas. “Em caso de dúvida ou qualquer receio é só fazer a pesquisa e confirmar. Não há necessidade de ser mal-educado com o trabalhador”, acrescentou o coordenador de área do IBGE.

Marcos Vinícius, explica que as informações coletadas pelas equipes não serão enviadas para nenhum outro órgão, apenas vão servir para criar as estatísticas do país. “Esperamos que a população colabore, receba bem o recenseador e responda a entrevista. Se ele deixar a folha de recado, que entre em contato para agendar porque é importante que o IBGE tenha as informações de todos os moradores”, pediu. O IBGE estima que os primeiros resultados do Censo, inclusive com dados populacionais, sejam divulgados em dezembro deste ano.

Com um panorama completo, a pesquisa ajuda na construção das políticas do país. Além da contagem populacional, a pesquisa traz dados sobre condições de vida, emprego, renda, acesso a saneamento, saúde e escolaridade, entre outros. Essas informações são essenciais para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas e para a realização de investimentos públicos e privados.