Comcam atinge 182 confirmações de dengue; casos em investigação disparam

A situação da dengue segue cada vez mais alarmante com os números em uma curva crescente na região de Campo Mourão. Boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) aponta que a Comcam atingiu, nesta semana, 182 casos da doença. Mais preocupante ainda são os casos em investigação e notificações que dispararam: 1.455 e 2.405, respectivamente. Ou seja, o cenário é grave e exige cuidado.

Em Luiziana, por exemplo, o número de pacientes com suspeita de dengue já sobrecarrega o Sistema Único de Saúde (SUS), lotando os postos de saúde da cidade em busca de atendimento médico. Para se ter ideia, a secretária de Saúde do município, Roseli Morais, fala em mais de 500 notificações, o que, para uma cidade com 6.690 habitantes, é alarmante. “Estamos trabalhando muito para buscar reverter este quadro, inclusive tentando adotar o fumacê”, informou ela.

Dos 25 municípios da Comcam, 19 têm casos confirmados da doença. Em relação à semana passada foram 51 novas confirmações. Campo Mourão, por exemplo, aumentou de 11 para 23. Quinta do Sol vive a situação mais preocupante: 43. Na semana passada eram 34.

Os casos por cidade, conforme a Sesa, são: Araruna (23), Campo Mourão (23), Engenheiro Beltrão (1), Fênix (2), Goioerê (12), Iretama (3), Janiópolis (2), Juranda (8), Luiziana (20), Mamborê (1), Moreira Sales (7), Nova Cantu (2), Peabiru (17), Quarto Centenário (2), Quinta do Sol (43), Rancho Alegre D’ Oeste (2 ), Roncador (4). Terra Boa (3), e Ubiratã (7).

Campo Mourão

Em Campo Mourão, a secretaria de Saúde divulgou na última semana o primeiro Levantamento do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRA) de 2024. O índice geral é de 6,27% no município. Porém, em alguns bairros o número ultrapassa 18%, o que é extremamente preocupante. Das 45 localidades pesquisadas, em 26 a taxa de infestação está acima de 4%. Em seis bairros e na área central o número foi zero.

As localidades com maiores índices são os jardins Bandeirantes (18,52%), Fortunato Perdoncini (16,33%) e Indianápolis (16,22%). Dos 1.866 imóveis verificados, 117 apresentavam focos do mosquito, sendo a maior parte em lixo encontrado nas residências.

As equipes de combate à dengue estão concentradas nas áreas de maior índice de infestação, eliminando focos e levando orientações aos moradores. Outra medida que vem sendo adotada no combate à dengue na cidade são os bloqueios de transmissão viral, com a pulverização de inseticida em localidade de confirmações.

Reunião com municípios

Para reforçar o combate à dengue, a Sesa realizou nesta semana uma reunião com municipais e técnicos de vigilância epidemiológica para alinhar ações de prevenção e combate. Para se ter ideia, nesta semana, o Estado registrou 3.593 novos casos da doença, acumulando 12.782 e 58.566 notificações desde o atual período sazonal, que teve início em 30 de julho. As 22 Regionais de Saúde têm casos confirmados de dengue.

A doença

A dengue é transmitida durante a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado pelo vírus. Após a picada, os sintomas podem se manifestar na maioria das vezes em até 15 dias. Geralmente, o primeiro sintoma é febre elevada (39°C a 40°C), que persiste de dois a sete dias, acompanhada por dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e nos olhos. Manchas podem aparecer na face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem ser observados.

Na presença de algum dos sintomas citados, procure imediatamente o atendimento em um serviço de saúde. Evite a automedicação.

O mosquito Aedes aegypti também é responsável pela transmissão, além da dengue, da zika e chikungunya. Durante este período, não houve confirmação de casos de zika, com 49 notificações e nenhum óbito confirmado. O novo boletim confirmou ainda 13 novos casos de chikungunya. Desde o início do período sazonal já houve o registro de 381 notificações e 44 casos da doença.