Debates e ações de manejo marcam os 30 anos da Estação Ecológica do Cerrado de Campo Mourão

Para celebrar os 30 anos da Estação Ecológica do Cerrado de Campo Mourão, denominada de Prof. Diva Aparecida de Camargo, neste mês de setembro, o Colegiado de Geografia da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) programou uma agenda de atividades para esta sexta-feira e sábado, dias 15 e 16. Além de discussões com mesa redonda sobre o tema, serão desenvolvidas ações práticas de manejo na área de Cerrado, localizada na rua Ari Geraldo Assunção, 317, próximo ao Batalhão da Polícia Militar (BPM)

Na sexta, a partir das 20 horas, será realizada uma mesa redonda no anfiteatro da Universidade com objetivo de debater temáticas sobre a Estação Ecológica do Cerrado. Serão apresentadas palestras com os professores doutores, Marcelo Galeazzi Caxambú (UTFPR), Tatiane Monteiro Ré (UTFPR) e Mauro Parolin (Unespar).

Já no sábado (16), será realizada uma ação de manejo para eliminação de espécies invasoras no Cerrado. O trabalho, fará, por exemplo, a supressão de cipós, espécies exóticas e resíduos sólidos do interior e exterior da Unidade de Conservação. A atividade terá início a partir das 8h30, reunindo professores e alunos do curso de Geografia da Universidade.

O Cerrado

O cerrado de Campo Mourão existe há mais de 7,2 mil anos. O município chegou a ter cerca de 102 quilômetros quadrados do bioma. Mas com o passar dos anos a vegetação foi extraída deixando o município hoje com apenas 1,3 quilômetro de vegetação. Trata-se da menor Estação Ecológica do Sul do Brasil.

A Estação foi criada em 1987 tendo a área cercada em 1993. No local há elementos que só são encontrados em regiões de cerrado do estado de Goiás, como a árvore pequi, por exemplo. A área, localizada próximo ao Batalhão de Polícia Militar, equivale a um campo de futebol.

A unidade de conservação possui centro de visitantes e laboratório de pesquisas, além de um herbário com amostras da vegetação local. A Unespar administra o espaço. A Estação funciona como um museu vivo desse bioma, no qual apenas pesquisadores são autorizados a entrar. No local já foram identificadas 240 espécies de plantas, algumas bastante raras, como a de uma gramínea que só é possível ser encontrada ali.