Depen transfere mais 62 presos para o novo presídio em Campo Mourão

O Departamento Penitenciário (Depen) transferiu na manhã desta quinta-feira (17), mais 62 presos condenados que estavam detidos na carceragem da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão. Eles foram remanejados para a nova unidade prisional denominada Cadeia Pública Campo Mourão 2, inaugurada na semana passada no Jardim Cidade Nova. 

Com outros já transferidos na semana passada, um total de 114 detentos foram tirados da cadeia da área central, onde permanecem 115 presos provisórios. A transferência teve um forte aparato de segurança, com apoio das polícias Militar e Civil e Setor de Operações Especiais (SOE) de Maringá. A nova cadeia tem capacidade para 382 presos. 

Segundo o coordenador regional do Depen, Luciano Brito, a operação faz parte do planejamento do governo do Estado de retirar presos condenados das delegacias da região. “Hoje retiramos todos os presos condenados da cadeia de Campo Mourão. Já desativamos a cadeia de Iretama e na sequência serão as de Mamborê e Peabiru”, disse Brito. Ele adiantou que nos próximos dias também serão transferidas as 20 mulheres detidas na cadeia do centro de Campo Mourão, onde vão permanecer somente presos provisórios do sexo masculino.

Ele reforça que o objetivo da Secretaria de Estado da Segurança é não ter mais presos sob responsabilidade de policiais civis em delegacias. Decreto do governador Ratinho Junior autoriza a transferência de gestão de 41 carceragens temporárias das delegacias para o Depen e o fechamento definitivo das carceragens de 15 municípios.  Segundo o coordenador, o Estado está investindo em unidades maiores e com mais estrutura, otimizando os recursos humanos e estruturais. 

“Nova casa”

Na nova unidade os presos encontram um sistema e estrutura bem diferentes do que estavam acostumados na carceragem. Na entrada eles recebem um kit de higiene pessoal, uniforme e orientações sobre todas as normas a serem cumpridas. As celas não têm tomadas nem interruptor (as luzes são acesas e apagadas do lado externo por agentes). 

Outra novidade é a abertura mecânica de portas e passagens por onde vão circular os presos, sem contato com funcionários. Além de controle por câmeras, agentes armados circulam por cima dos corredores das alas e pátios. 

A nova estrutura conta com um pátio de visitas parcialmente coberto, pátios de sol, parlatórios, salas para videoconferência, salas de aula e biblioteca, lavanderia, sala de observação, além de área da saúde com consultório médico, sala de enfermagem, farmácia, esterilização e consultório odontológico.

O complexo, construído pelo governo do Estado, custou R$ 12,2 milhões. Ao lado do novo prédio já foi licitada também uma outra unidade denominada Centro de Integração Social (CIS). Nesse local  serão colocados presos após cumprirem parte da pena para trabalhar e estudar em tempo integral.