Depois da tempestade, vem a “escuridão”

Fábio Tavares Bassi tem 37 anos. Estava no trabalho, na última terça, quando uma tormenta caiu sobre Campo Mourão. Granizo, chuva e ventos de mais de 100 km/h. Quando retornou para casa, começou o transtorno. Estava sem energia elétrica. Ele mora na Rua Pardal 590, no Lar Paraná. O problema é que a luz não voltou até hoje. E ele não aguenta mais a situação.

Fábio possui uma empresa de reparos e climatização. A Bassi. É casado e tem dois filhos. Desde terça está levando a família para tomar banho na casa de parentes. Fora isso, as pilhas da lanterna já até acabaram. Comida está se perdendo. E, com a escuridão, as noites estão sendo na casa da sogra. Empresário, ele depende do notebook para finalizar os orçamentos. Leigo no assunto, disse que os fios da rede grudaram uns aos outros, o que causou tamanho estrago em sua vida. Fábio diz que são nove casas da rua sem energia. “A situação está tensa”, disse ele. 

Além de todo o transtorno, Fábio diz estar preocupado com a segurança. Na escuridão, a casa pode ser alvo fácil da bandidagem. De acordo com o empresário, até as 17h de hoje, ou seja, 25h depois do temporal, a Copel não havia “dado as caras na rua”. “Tem luz a uma quadra e meia da minha casa. Mas aqui em baixo, nada”, disse. A reportagem não conseguiu ouvir a Copel. O telefone 0800 510 0116 não foi atendido em nenhuma das dez tentativas. Segundo Fábio, a companhia o informou a vizinhos que, em até 48 horas a energia será restabelecida. Enquanto a luz não chega, o jeito é ver tv na sogra.

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