Dia de Finados deve levar cerca de 15 mil pessoas ao cemitério de Campo Mourão

O Dia de Finados (nesta terça-feira, 2) deve levar cerca de 15 mil pessoas ao cemitério municipal São Judas Tadeu, em Campo Mourão. Essa é a segunda vez que a data cai em meio a pandemia da Covid-19. A administração do local faz recomendação aos visitantes para que sigam os protocolos de biossegurança contra o vírus, desde o uso da máscara até evitar as aglomerações na parte interna do “campo santo”.

Mais de 40 mil pessoas estão sepultadas no cemitério, que atualmente tem mais de 15 mil túmulos em uma área de 3,5 alqueires. Na semana passada, a Secretaria de Obras Públicas fez um arrastão de limpeza no local, além de melhorias para receber os visitantes que irão homenagear seus entes queridos. Uma equipe de funcionários estará de plantão para auxiliar quem precisar de ajuda, especialmente na hora de localizar os túmulos.

“Quem não conseguir localizar o túmulo pode nos procurar no setor administrativo que rapidamente indicamos o local e um funcionário pode fazer o acompanhamento também”, disse a administradora do cemitério Janete Iori.

Janete comentou que desde a semana passada a movimentação é grande no cemitério. Muitas pessoas, segundo ela, já aproveitaram para visitar os túmulos durante o fim de semana. “Acreditamos que mais de 2 mil visitantes passaram por aqui durante o fim de semana”, falou.

Os portões do cemitério estarão abertos ao público a partir das 5h30 da madrugada. A primeira missa será celebrada às 6 horas. Do lado de fora, vendedores ambulantes estarão comercializando velas e flores, além de barracas de alimentação aos visitantes.

Não é permitida a comercialização de bebidas alcoólicas, produtos eletrônicos, cigarros ou flores que acumulam água no local. O estacionamento interno do cemitério, com capacidade para cerca de 30 veículos, será liberado apenas para pessoas com problemas de mobilidade.

Dengue

Em alerta para a possibilidade de surto de dengue nos meses de verão, a Vigilância Sanitária pede o apoio da população para os cuidados com o mosquito Aedes aegypti no Dia de Finados.

Ações de orientação vêm sendo realizadas no município. A orientação é preferir sempre plantas artificiais e nunca deixar a possibilidade de acúmulo de água. Após o Dia de Finados, a Saúde fará um arrastão no cemitério.

A orientação é que a população opte por flores artificiais ou plantadas em vasos com terra, sem pratinho para água; jogue no lixo os recipientes usados na limpeza dos túmulos; coloque areia nos locais dos túmulos que possam acumular água; e floreiras de concreto devem ser furadas, para permitir a vazão da água.

O Dia de Finados

O dia de Finados começou a existir a partir do ano 998 depois de Cristo. Foi introduzido por Santo Odilon, abade do mosteiro beneditino de Cluny na França. Ele determinou que os monges rezassem por todos os mortos, conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os lugares e de todos os tempos.

Quatro séculos depois, o Papa, em Roma, na Itália, adotou o dia 2 de novembro como o Dia de Finados, ou dia dos mortos, para a Igreja Católica. No Brasil, o costume de rezar pelos mortos nesse dia foi trazido pelos portugueses. As igrejas e os cemitérios são visitados, os túmulos são decorados com flores, e milhares de velas são acesas.