Disco voador teria pousado em Campo Mourão, segundo agricultor

Campo Mourão, 18 de dezembro de 1998. O agricultor Gilmar Castaldelli Chamberlain, na época com 37 anos, dormia ao lado da esposa quando acordou com latidos de seus cães. Eram 5h30 da manhã de uma sexta-feira. Fora da casa ele ouviu um barulho que estremeceu o imóvel de madeira. Era como um som estridente de propulsores de ar. Através da cortina da janela, percebeu luzes. Com medo, preferiu não olhar. Mas notou que o objeto alçava voô. Embora não tenha visto, hoje, ele tem certeza que aquilo não era terreno.

Chamberlain é um agricultor bem sucedido. Possui terras, imóveis. Mantém uma família unida. Tudo o que não precisa é mentir. Não teria o porquê disso. Além do mais, não colocaria seu nome à toa aqui. Mais que isso. Na entrevista permaneceu ao lado da esposa e do filho, Rafael. Os três vivenciaram aquele momento e, contaram a mesma história. Trata-se de uma família normal. Católicos, agricultores, trabalhadores. Gente do bem.

No dia 17 de dezembro, os três saíram para uma festa de confraternização, longe da propriedade, às 19h30. Até aí, não notaram nada diferente. “Provavelmente esta nave, ou seja o que for, pousou enquanto não estávamos, senão teríamos notado”, disse. A família permaneceu no evento até as 23h. Depois disso, retornaram à propriedade. Então, já na madrugada do dia 18, presenciaram o fenômeno.   

Um dia após o acontecido, o agricultor foi até o local onde o suposto disco voador teria pousado. Para o seu espanto, uma marca arredondada, com cerca de 10 metros de diâmetro, havia queimado a soja. O “sapecado de fogo” estava em degradê. Ou seja, quanto mais alto, menos danos a soja. Ali, a plantação foi toda destruída. Mais adentro do círculo, três marcas, como um tripé, foram deixadas com 30 centímetros de profundidade. Cada sapata do objeto possuía quase um metro de comprimento. E em cada uma delas apareceram três furos na terra. “Estes furos eram da espessura de um cabo de vassoura. Dentro de cada um ficou tingido de uma cor prateada”, lembra Rafael, o filho. Na época ele tinha 15 anos. 

Chamberlain diz que próximo do local, dias depois, ele encontrou uma nova marca. Igual a primeira. Novamente com a soja queimada e as marcas do tripé. Receoso, ele conversou com autoridades da cidade, mais especificamente com o pessoal do meio ambiente. Eles foram até a propriedade e, com um aparelho, verificaram a existência de radiação. “Dois homens do Exército também estiveram na área. Analisaram tudo. Falaram que iriam me dar o laudo. Nunca recebi nada”, afirma o agricultor. Segundo ele, jornalistas da Revista UFO também visitaram o local.

Curiosos também estiveram lá. Um deles, segundo Chamberlain, era um fotógrafo do Foto Seki. “O procurei para ter as fotos. Disse que o negativo havia sido queimado misteriosamente”, lembrou. De acordo com ele, outras pessoas também informaram que as máquinas fotográficas simplesmente não conseguiram clicar os sinais. O produtor rural disse ter procurado marcas de pés ao redor. Mas não as encontrou. Com os anos, a plantação jamais cresceu normal sobre aquela marca. “Toda vez que colhia, ali onde o objeto pousou, notava que a plantação não se desenvolvia”, disse. Este Jornal entrou em contato com o Foto Seki. Mas o proprietário não lembra qual era o fotógrafo.  

Na mesma noite do dia 18 de dezembro de 1998, um morador do 14º andar de um edifício de Campo Mourão, viu algo estranho no céu. Ele estava em sua sacada quando notou um objeto com luzes piscando sobre, exatamente, onde ficava a propriedade mencionada. Na época o suposto óvni foi filmado. Mas as imagens não foram compartilhadas com este jornal. O morador e responsável pelas filmagens, não quis ter o nome divulgado. 

Passados os anos, o agricultor vendeu a área. Hoje ela serve como um novo loteamento na cidade, o Novo Centro. Depois disso, em 2013, comprou terras em outro lugar, quase 20 km do centro de Campo Mourão. Em 2015, quando caminhava pela plantação, viu outra marca idêntica, como a de 1998. Tudo igual. Mas não chegou a ver, nem ouvir nada. Rafael, o filho, conta que há alguns anos, viu luzes multicores vindas de uma mina de cascalho próximo a fazenda. “Dessa vez eu posso afirmar que vi as luzes”, disse. Com medo, ele preferiu não conferir de perto. Hoje, tanto pai e filho, ficam apreensivos quando colhem durante a madrugada. “Ficamos apreensivos, embora não tenhamos mais visto estes fenômenos”.

Luiziana, 1947. O primeiro relato

Um dos primeiros relatos sobre a visita de extra terrestres no Brasil aconteceu em 1947. E foi em Luiziana, ao lado de Campo Mourão. No dia 8 de agosto daquele ano, o Jornal Diário da Tarde, de Bauru, São Paulo, registrou o depoimento do topógrafo José Carlos Higgins. 

“Eu estava, dia 23 de julho de 1947, a oeste da Colônia Goio-Bang, que fica a noroeste de Pitanga e a sudeste de Campo Mourão (Campina do Amoral), realizando alguns trabalhos topográficos, quando, ao atravessar um dos raros descampados da região, um silvo profundo, porém baixo, me fez olhar o céu.

Vi algo que me ouriçou os cabelos: uma estranha nave aérea, de forma circular, com os rebordos absolutamente iguais aos de uma cápsula de remédio, que descia do espaço. Meus homens, caboclos simples, fugiram espavoridos. Eu, não sei porque, resolvi ficar e aguardar os acontecimentos.

O estranho aparelho aterrou a uns 50 metros do local em que me encontrava. Tinha cerca de 30 metros de diâmetro e uns 5 metros de altura. Parecia ser feito de um metal branco-cinza, diferente da prata. Vi duas pessoas que me examinavam com ar de curiosidade, de aspecto estranho. Decorridos alguns segundos, uma delas voltou-se ao interior do aparelho e ouvi barulho e uma porta, por baixo do rebordo, se abriu e deu passagem a três pessoas, metidas dentro de uma espécie de macacão transparente, que as envolvia completamente.

Notei ainda que suas aparências estranhas eram devidas aos olhos bem redondos, grandes, e sem sobrancelhas, tendo no entanto, cílios e a calva bem pronunciada. Suas cabeças eram grandes e redondas. Pernas compridas e, quanto à altura, tinham uns 30 centímetros a mais do que eu, que tenho um metro de oitenta.

Um deles trazia um tubo e o apontava em minha direção. Notei que falavam entre si. Entretanto, nada entendi. Apesar do seu avantajado porte, moviam-se com incrível agilidade. Formaram um triângulo em minha volta. O que empunhava o tubo fez gestos e indicou-me que entrasse no aparelho. Pude ver um pequeno cubículo, limitado por outra porta interior e a ponta de um cano que vinha de dentro. Comecei a falar, perguntando para onde me queriam levar. Compreenderam minha gesticulação e o que me pareceu o chefe fez no chão um ponto redondo cercado de sete círculos. Mostrou o sol no espaço, indicou-me o sétimo círculo. Apontou esse círculo, alternadamente, e o aparelho, me convidando a voar com eles.

Fiquei mudo de espanto. Sair do mundo (terra) com vida? Não era comigo! Diante disso refleti. A luta era-me impossível, pois eles eram mais fortes no físico e em número. Tive então uma ideia. Havia notado que eles evitaram ficar ao sol. Assim, encaminhei-me para a sombra. Tirei do bolso a minha carteira. Mostrei-lhes o retrato da minha esposa e lhes disse, por meio de gestos, que queria buscá-la.

Não me detiveram. Saí e dei graças a Deus; internei-me no mato, donde fiquei a espreitá-los. Brincavam como crianças. Davam saltos e atiravam pedras de tamanho descomunal. Decorrida meia hora, mais ou menos, depois de olharem detidamente os arredores, recolheram-se ao aparelho, que se ergueu no ar com o mesmo silvo. Subiu velozmente, até desaparecer nas nuvens”.