Entidade mantém 7 pontos de coleta de lâmpadas fluorescentes em Campo Mourão

As lâmpadas fluorescentes pós-consumo armazenadas por moradores em Campo Mourão, estão sendo recolhidas gratuitamente. Basta a população levá-las até um dos sete pontos de coleta mantidos pela Reciclus, entidade gestora, sem fins lucrativos, de Logística Reversa de fabricantes e importadores de lâmpadas e equipamentos de iluminação. O descarte é gratuito.

Os pontos de descarte são os seguintes: Eletroluz, Avenida Capitão Índio Bandeira, nº 2.291; Nacional Materiais Elétricos, Avenida Capitão Índio Bandeira, nº 2.261; Paraná Supermercados Matriz, Rua Miguel Luiz Pereira, nº 1.536; Paraná Supermercados Max, Avenida Irmãos Pereira, nº 1.500; Paraná Supermercados Família, Rodovia BR 158, nº 90; Paraná Supermercados Atacadista, Avenida Presidente Kennedy, nº 2.026, Jardim Lar Paraná e Condor; na Perimetral Tancredo de Almeida Neves, nº 371, Jardim Copacabana.

As lâmpadas fluorescentes possuem componentes que demandam um fluxo específico na coleta e destinação final. Por isso, o descarte incorreto, como no lixo comum, pode acarretar diversos problemas ambientais. Com a finalidade de realizar a coleta e a destinação ambientalmente correta desses resíduos e a fim de cumprir com a determinação do Acordo Setorial, o programa da Reciclus (Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa) disponibiliza 2.679 pontos de coleta em 561 municípios de todas as regiões do País. Do total de pontos, 354 estão no estado do Paraná.

São coletadas pelo programa apenas as lâmpadas de uso doméstico, dos seguintes tipos: fluorescentes compactas e tubulares; de vapor de mercúrio, sódio ou metálico; e luz mista. Não há limite nem custo para o descarte, desde que seja realizado por consumidor doméstico.

De acordo com dados da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Instituto Água e Terra, o Paraná recolheu em 2020, 1,5 milhão de lâmpadas fluorescentes. “Isso mostra a nossa preocupação com o meio ambiente e a saúde das pessoas”, disse o secretário Márcio Nunes. “Essas lâmpadas são resíduos perigosos por conta do mercúrio presente nelas”, alertou.

A equipe da Divisão de Resíduos Sólidos do Instituto Água e Terra acionou os 399 municípios, órgãos e instituições do Estado e da União por e-mail, telefone, redes sociais, ofícios das comarcas locais do Ministério Público, entre outros meios, para que informassem a quantidade estimada de lâmpadas armazenadas. Segundo dados informados pelos municípios, cerca de 1,4 milhão de lâmpadas estão estocadas. E mais 65 mil lâmpadas em órgãos e instituições do Estado e da União.

Destinação

A Reciclus – entidade gestora, sem fins lucrativos, de Logística Reversa de fabricantes e importadores de lâmpadas e equipamentos de iluminação – contratou a empresa Mega Reciclagem para a coleta, transporte e destinação dos resíduos nos municípios. Em seguida, o material segue para descontaminação e reciclagem dos componentes (metal, plástico e vidro), podendo voltar para a cadeia produtiva.

A fim de eliminar esse problema de muitos anos dos municípios, um Termo de Compromisso foi assinado em abril pela Reciclus e a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, e mediado pelo Ministério Público do Paraná.

A orientação é para que as prefeituras concentrem o estoque em um único local da cidade para otimização da logística. Após a coleta, a instituição deverá emitir um relatório de comprovação.

Logística reversa

A logística reversa é obrigatória no Brasil, sendo instituída pela Lei Federal nº 12.305 de agosto de 2010 que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e regulamentada pelo Decreto nº 7.404/10. A logística reversa é um conceito que trata da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Como o nome sugere, na logística reversa, o fluxograma da produção ao consumo segue o caminho inverso dos resíduos do produto no pós-consumo, até sua origem – consumidores, comerciantes, distribuidores, indústria e fornecedores. Seu objetivo é preservar a natureza com a destinação ambientalmente correta de resíduos, reinserindo-os em novos ciclos produtivos.

Se tratando de lâmpadas, a Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux) e a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi) formaram a Reciclus, que coleta e encaminha as lâmpadas inservíveis para o destino correto.