Estado desabilita leitos Covid nas santas casas de Campo Mourão e Goioerê

O governo do Estado já desabilitou 15 leitos de enfermaria Covid na Santa Casa de Campo Mourão e a partir do dia 1º de novembro serão desabilitados 6 leitos de UTI. Continuarão habilitados, portanto, 10 leitos de enfermaria e 9 de UTI-Covid. Já na Santa Casa de Goioerê foram desabilitados 10 leitos de enfermaria. Os leitos de UTI seguem credenciados.

Segundo o chefe da 11ª Regional de Saúde, Eurivelton Wagner Siqueira, a medida está respaldada em decisão de uma Comissão Intergestora Bipartite do Estado, que analisa periodicamente a ocupação de leitos disponíveis por macrorregião. “Quando a taxa de ocupação na macrorregião for abaixo de 40 por cento dos leitos habilitados, é autorizada a desabilitação”, explica Siqueira, ao lembrar que essa medida é adotada em todo o Estado.

Ele esclarece que quando o Estado habilita um leito, passa a pagar o custo dele ao hospital, mesmo que não esteja ocupado. “Por isso a comissão avalia e se for o caso, desabilita para que futuramente o Estado não seja penalizado por pagar leitos sem utilização, o que caracterizaria mau uso do dinheiro público”, reforça o chefe regional. Segundo ele, a taxa de ocupação na macrorregião tem caído. 

A diretora administrativa da Santa Casa de Campo Mourão, Lucineia Scheffer, reforça o que diz o representante regional da Saúde do Estado. “Desde a implantação dos leitos já existia esse planejamento e sabíamos que a habilitação seria temporária. É claro que se acontecer de aumentar os casos e os leitos da macro não forem suficientes, os leitos podem ser reabilitados”, enfatiza.

O secretário municipal de Saúde de Campo Mourão, Sérgio Henrique dos Santos disse que o município também está ciente do procedimento. “Os leitos tem um custo fixo diário aos cofres do Estado e se ficar por um longo período sem utilização é desabilitado. Mas mesmo desabilitados os leitos estão lá. Em caso de necessidade, o município dará o suporte necessário ao hospital, inclusive financeiro, para que sejam reabilitados”, afirma o secretário.