Estado e municípios discutem inovações em obras públicas
O Departamento de Gestão da Inovação da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística do Paraná (SEIL) participou de encontro na manhã desta sexta-feira (22), com engenheiros civis, arquitetos e gestores de vários municípios da região de Campo Mourão e outras regiões do Estado do Paraná – como Toledo, Laranjeiras do Sul, entre outros -, na sede da Comcam para discutir a metodologia BIM (Modelagem da Informação da Construção) em obras e empreendimentos públicos.
“A Comcam está sendo pioneira. Foi a primeira Associação de Municípios do Paraná a nos procurar para trazer o assunto aos municípios”, falou a Diretora do Departamento de Gestão da Inovação da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística do Paraná (DGI/SEIL), Lorreine Santos Vaccari, que participou do evento. Ela comentou que o encontro técnico foi uma espécie de cooperação técnica para apoiar os municípios da região com a metodologia.
Lorreine explicou que o BIM é um sistema que integra tecnologias e processos integrados, que permite a criação, utilização e atualização de modelos digitais de uma construção, de modo colaborativo, que sirva a todos os participantes do empreendimento, em qualquer etapa do ciclo de vida da construção. “A utilização da ferramenta é crescente no país e vem provocando grandes mudanças no ramo da construção civil, atingindo toda a cadeia produtiva, em especial nos setores da arquitetura, engenharia e construção”, afirmou.
A ferramenta oferece informações detalhadas de cada parte de um projeto, sendo possível evitar equívocos de projeto e execução, bem como superfaturamentos ou outras formas de alteração no decurso da obra, propositais ou não, que geram prejuízos aos cofres públicos. O presidente da Comcam/Condescom, Leandro Oliveira, não conseguiu participar do evento por causa da agenda apertada. No entanto, ele destacou a importância do tema para os municípios e agradeceu ao Estado em se dispor e encaminhar uma equipe à Comcam para atender os municípios. “Este é mais um encontro para qualificar nossos profissionais dentro da nossa metodologia de trabalho de fortalecimento do Condescom. Agradecemos a SEIL e ao Governo do Paraná que tem sido um grande parceiro dos municípios”, destacou.
O coordenador técnico do Condescom, Renato de Lima Correia, comentou que Governo do Estado já instituiu a Estratégia “BIM PR – Paraná Rumo à inovação digital nas obras públicas”, por meio do decreto nº 3.080 de 15 de outubro de 2019 e que os municípios precisam se adequar a esta nova realidade.
“A discussão deste tema vem ao encontro das necessidades dos municípios neste processo de inovação, atendendo decreto federal e estadual regulamentado agora em 2022. Este decreto regulamenta lei de licitações e isso vai incorporar estas ações dentro do novo sistema de inovação nas obras públicas em todo o País, especialmente no Paraná”, explicou. Ele disse ainda que o setor de Engenharia da Comcam/Condescom já está há mais de um ano incorporando e aprimorando a metodologia BIM na elaboração de projetos aos municípios. “É um orgulho sairmos na frente com qualificação nesta área”, acrescentou.
O engenheiro civil, Diogo Pereira, coordenador do Setor de Engenharia da Comcam, proferiu uma palestra aos participantes e dividiu experiências com os municípios. “Nós técnicos e engenheiros que estamos envolvidos com projetos temos que fazer nossas atualizações para acompanharmos estas mudanças que vêm ocorrendo”, afirmou.
Ele frisou que o BIM permite a melhoria de projetos tanto na parte de execução quanto em eficiência. “Mas é uma questão que não adianta a gente trabalhar isolado na Comcam se o Estado e a União não trabalharem. Temos que trabalhar com projetos alinhados Estado-Município e União- Município”, comentou. “É imprescindível melhorar a gestão de projetos e obras públicas atuando de modo preventivo, colocando os municípios em um novo patamar de desenvolvimento. Desta forma, com a implantação do BIM será possível obter informações detalhadas de cada parte de um projeto, possibilitando melhor análise e controle fiscalizatório e financeiro”, argumentou.