Falta de água revolta moradores do Jardim Flora

As constantes interrupções no abastecimento de água fornecida pela Sanepar tem revoltado moradores do Jardim Flora, em Campo Mourão. O problema se arrasta desde o ano passado e agravou-se neste ano, especialmente com o período de estiagem. No ano passado costumava faltar nos fins de semana, mas agora falta também durante a semana, afirma a servidora municipal Marli Bartoski.

Segundo ela, o problema tem predominado os assuntos no grupo que os moradores têm no aplicativo whatsapp. Todo dia alguém está reclamando que está sem água, ressalta Marli, que mora em um sobrado. Em outubro do ano passado, ela questionou a gerência da Sanepar sobre o problema e a resposta que obteve é que seriam feitos ajustes na pressão da rede de abastecimento do bairro.

Quem reclama de falta de água são moradores de sobrados. Como pelo jeito tem pouca pressão, a água não sobe nas caixas, que ficam nos telhados dos sobrados. Aí a gente fica sem água no chuveiro, na lavanderia, é um transtorno muito grande, reclama Marli.

 

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O vereador Edson Battilani, que tem uma casa no bairro, também teve prejuízos com a falta de água e tem cobrado uma solução da Sanepar. Sempre falta água e quando volta vem com muita pressão. Dois chuveiros da minha casa queimaram, disse o vereador, ao acrescentar que quando o abastecimento é normalizado a água fica um bom tempo com coloração alterada. Ele também estranhou o fato das torneiras da casa já não terem a mesma vazão de água de quando foram instaladas.

Procurada pela reportagem da TRIBUNA, a chefe regional da Sanepar, Araceli Pendiuk, admitiu o problema e afirmou que está programada para os próximos dias uma interligação que irá reforçar a vazão de água para aquela região. Estamos aguardando a chegada de algumas peças, disse ela.

Araceli ressaltou ainda que para solucionar o problema do bairro de forma definitiva, no próximo ano está programada a ampliação da Estação de Tratamento, captação e melhorias nos anéis e redes de distribuição de água. O investimento está estimado em R$ 18 milhões, garantiu ela.

A Sanepar recomenda que cada imóvel tenha um reservatório de pelo menos 500 litros e que a água seja usada de forma racional, especialmente durante o período de estiagem. Estamos com diversos poços da região com significativa redução de vazão. Os casos mais graves são no distrito de Santo Rei em Nova Cantu e no município de Goioerê, revelou.

Ela também alerta que as reclamações ou solicitação de serviços devem ser feitos pelo telefone 0800 200 0115, que funciona 24 horas. Reclamações feitas pelas redes sociais podem não chegar ao nosso conhecimento, além de não ficarem em nossos registros para diagnósticos de melhorias, completa Araceli.