Força-tarefa faz remoção de árvores caídas em CM após temporal; bombeiro ficou ferido em acidente

Um força tarefa entre Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, equipes da prefeitura e Copel, atuam na remoção de árvores que caíram com o forte vendaval, na tarde dessa terça-feira (6), em Campo Mourão. O temporal durou cerca de 10 minutos, assustando moradores edeixando um rastro de destruição e prejuízos. A região central foi a mais afetada pelo fenômeno. Um soldado dos Bombeiros acabou se ferindo durante os serviços.

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Nesta quarta-feira (7), a cidade amanheceu com várias frentes de trabalhos nas ruas, logo nas primeiras horas, para remoção de troncos e galhadas para a desobstrução de vias públicas. Não há informação exata do número de árvores caídas. Houve estragos também na rede de energia elétrica com a queda de postes e rompimento de fiações elétricas atingidos por árvores e galhos. Além disso, foram registrados destelhamentos de imóveis comerciais e residenciais.

Para se ter ideia, uma loja de perfumaria na Avenida Capitão Índio Bandeira, no centro, teve parte do telhado, fachada e a porta danificadas após ser atingida por uma árvore que partiu ao meio com a força do vento. O local ficou alagado com a água da chuva, gerando grandes prejuízos ao proprietário.

Houve também o registro de pelo menos três carros danificados após serem atingidos por árvores que caíram. Até o momento, conforme informou a Copel à TRIBUNA, há 1,6 mil unidades consumidoras sem o fornecimento de energia elétrica na cidade, divididas em cerca de cem casos diferentes para atendimento pelos profissionais da concessionária de energia.

Ontem, o temporal causou interrupção no fornecimento da energia elétrica a mais de 14 mil domicílios. A tempestade deixou quatro postes quebrados e dezenas de pontos com a fiação elétrica rompida, gerando serviços de alta complexidade para a manutenção.

Soldado ferido

Na noite dessa terça, um soldado do Corpo de Bombeiros acabou sofrendo ferimentos graves durante a retirada de uma árvore que caiu sobre um carro na rua Santa Cruz. O militar sofreu uma fratura de tíbia e fíbula (canela). Ele foi socorrido e passou por cirurgia.

O tenente dos Bombeiros, André Bueno, que participou da força-tarefa, comentou que além do corte de árvores houve a distribuição de lonas para alguns moradores que tiveram os telhados danificados. “Lembrando que as lonas foram entregues à população para que sejam cobertos os móveis e não o telhado. Ao subir no telhado o morador corre risco de graves acidentes”, alertou. Ele comentou que equipes foram empregadas nas ações durante toda a tarde e noite dessa terça.

Nesta quarta o município assumiu a limpeza com várias frentes de trabalho. “Continuam os serviços de remoção de árvores. Além disso, continuam chegando novos pedidos da população relatando mais quedas”, comentou o secretário do Meio Ambiente e Bem Estar Animal (SEMA), Franco Sanches. Ele informou que a limpeza completa das áreas atingidas pode durar alguns dias pela complexidade dos trabalhos e a grande quantidade de resíduos (galhadas de árvores).

Conforme o meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Lizandro Jacóbsen, o temporal foi ocasionado pelo aquecimento expressivo. “Tivemos uma terça-feira de condições meteorológicas bem ‘clássicas’ de verão. O aquecimento foi expressivo e as altas temperaturas desenvolveram e intensificaram a formação de temporais”, disse. Segundo Jacóbsen, tempestades foram registradas em outras regiões do Paraná de forma localizada. Os fortes ventos vieram acompanhados de granizo e ocorrência expressiva de raios.

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