IAT faz força-tarefa na região de Campo Mourão para combater crimes ambientais

Fiscais do Instituto Água e Terra (IAT) fizeram uma força-tarefa (a terceira nos últimos meses) em vários municípios da região de Campo Mourão para o combater irregularidades no período da piracema, caça ilegal e desmatamento.

As fiscalizações ocorreram entre os dias 25 e 30 de janeiro nas cidades de Barbosa Ferraz, Campo Mourão, Engenheiro Beltrão, Fênix, e Luiziana. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (2), via Agência Estadual de Notícias.

Além das cidades da região, foram fiscalizados mais 11 municípios da região Noroeste. A ação culminou com a apreensão de 930 metros de redes, 89 anzóis de galho, 12 molinetes, nove carretilhas, duas tarrafas, 11 caniços, 12 espinhéis e 27 varas telescópicas.

Também foram identificadas três construções de casas de veraneio de forma irregular próximas a Áreas de Preservação Permanente (APP). A situação foi encaminhada pelo IAT ao Ministério Público do Paraná. Além disso, um pescador amador foi abordado e autuado no valor de R$ 1.340,00.

As ações estão sendo intensificadas principalmente no período da piracema, que começou no dia 1º de novembro de 2021 e vai até o dia 28 deste mês. O período é de restrição à pesca de espécimes nativas em toda a Bacia Hidrográfica do Rio Paraná e seus afluentes, a fim de garantir a reprodução dos peixes. A restrição é determinada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pela Instrução Normativa nº 25/2009, há mais de 15 anos.

Durante a piracema, são proibidos materiais de pesca nos rios, como varas, redes e embarcações; transporte e comercialização de espécies nativas, como bagre, dourado, jaú, pintado, lambari, mandi-amarelo, mandi-prata e piracanjuba, além de competições de pesca.

“O Estado promove ações de repovoamento dos nossos rios através do Programa Rio Vivo, mas a fiscalização é fundamental para garantir que as espécies possam concluir seu processo de reprodução. É preciso respeitar a piracema e as regras ambientais”, destaca o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), Márcio Nunes.