Igrejas vão tocar sinos no domingo pelas vítimas da Covid-19

No calendário da igreja católica o domingo seguinte à Páscoa é o Domingo da Divina Misericórdia. Essa data foi instituída no calendário litúrgico pelo Papa João Paulo II, em 2000, na Missa de canonização da religiosa polonesa Maria Faustina Kowalska, a Santa Faustina.

Por conta do atual cenário de agravamento da pandemia do Coronavírus, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), propõe através de uma carta aos bispos de todas as dioceses, uma ação pastoral. Em Campo Mourão os sinos das paróquias da diocese serão tocados em homenagem às vítimas da Covid-19. 

“Nesse tempo em que vivemos, precisamos manifestar sinais de esperança, fé e solidariedade diante dos mortos na pandemia”, frisa postagem na página da diocese nas redes sociais. Além dessa proposta, a carta destaca que cada bispo, em sua jurisdição, poderá ainda pensar em outras ações pastorais.

Segundo o padre Adilson Naruishi, da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o badalar dos sinos será às 15 horas. “É uma forma de convocarmos todas as pessoas a parar por um instante e elevar o pensamento a Deus e pedir que derrame sua misericórdia sobre todos nós nesse momento tão difícil que atravessamos”, explica o padre.

O padre Adilson também vai celebrar uma missa, às 11 horas, na Santa Casa, onde estão hospitalizados a maioria dos pacientes de Covid. Após a celebração, ele vai passar pelos corredores do hospital com o Santíssimo Sacramento (hóstia consagrada) e o quadro da divina misericórdia.

Desde o ano 2000 as comunidades e paróquias de todo o mundo passaram a celebrar no 2º domingo da Páscoa a Festa da Divina Misericórdia. A decisão do Papa estaria embasada numa revelação recebida por Irmã Faustina. Graças ao trabalho de divulgação do Papa João Paulo II, a devoção à Divina Misericórdia ganhou o mundo por meio das orações ensinadas pela religiosa polonesa.