Marcio Nunes lança em Campo Mourão programa de incentivo às vocações regionais sustentáveis

O Secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná, Marcio Nunes, fez na manhã desta quinta-feira (19), na sede da Acicam, em Campo Mourão, o lançamento do Programa de Apoio às Vocações Regionais Sustentáveis do Paraná. A iniciativa é considerada uma das alternativas para a retomada econômica após o fim da pandemia da Covid-19. O evento reuniu o prefeito da cidade, Tauillo Tezelli, o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, vereadores, entre outras lideranças municipais.

De acordo com o secretário, o programa é desenvolvido pela Invest Paraná, com a participação de diferentes órgãos e entidades. O objetivo é incentivar as cadeias de valor e abrir mercados a produtos típicos do Paraná, produzidos de forma sustentável e de maneira tradicional.

“O cuidado com o meio ambiente caminha junto com o desenvolvimento. E isso é o que está fazendo a grande mudança no Paraná. Estamos em busca da construção de um selo sustentável que envolve toda a cadeia produtiva, agrícola, animal e toda parte de tecnologia. Com isso, tudo que for produzido no Paraná terá um valor agregado muito maior”, disse.

O programa é baseado em experiências já implantadas na Alemanha e no Japão, países que utilizam a metodologia de valorizar produções em pequenas regiões, atendendo as demandas dos grandes centros. Nunes destacou que o programa atuará principalmente nos setores de alimentos e turismo, apontados como grandes potenciais econômicos, principalmente no período pós-pandemia.

“O desenvolvimento sustentável é hoje a bola da vez e cada região tem as suas potencialidades. Nada mais inteligente que entender as necessidades e particulares de cada local, para incentivar e destinar recursos para desenvolver as vocações regionais”, ressaltou, ao acrescentar que o programa já está funcionando em Campo Mourão.

“Cabe ao governo criar as metodologias e modelagem para isso acontecer. Está sendo discutido com os empresários de Campo Mourão uma modelagem que mostra o caminho a ser seguido. São roteiros e estruturas que vão fazer com que essa adaptação que está sendo feita em Campo Mourão desenvolva este polo tecnológico”, frisou.

O diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, comentou que o Estado está com ‘olhos’ voltados aos investimentos a todas as empresas, mas que a ideia é também potencializar os pequenos produtores rurais e industriais, buscando sempre o polo de cada região. “Acreditamos que a pandemia caminha para a próxima fase, que pode até ser o seu fim. A hora agora é de a gente pensar na retomada da econômica”, falou. Segundo Bekin, o projeto vai gerar o desenvolvimento em todas as regiões do Paraná. “Para isso precisamos do engajamento da sociedade civil para o sucesso do programa”, pediu.

Potenciais

Bekin comentou que a Invest Paraná trabalha desde o ano passado na identificação dos potenciais econômicos e sustentáveis do Paraná. Para isso, foram selecionados ativos com potencial de mercado já relatados no Programa Arranjos Produtivos Locais (APL), que agora vão contar com o apoio da agência para acessar novos mercados, nacionais e internacionais, e implementar inovações para ampliar esse potencial.

De acordo com um estudo desenvolvido pela Invest, um setor é considerado com grande potencial no mercado ao obter uma marca de, pelo menos, 70% de viabilidade, com base em uma série de características. “A ideia é estimular os pequenos produtores, inclusive de artigos, além dos alimentícios, a adotarem práticas de sustentabilidade. A Invest já está oferecendo oficinas a esses públicos, com a intenção de abrir novos mercados”, disse.

A Invest e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) mapearam 12 territórios paranaenses que contam com produtos com potencial para fazer parte do Programa de Apoio às Vocações Regionais Sustentáveis.

Outras Ações

Além do lançamento do programa, durante sua agenda em Campo Mourão, Nunes fará a assinatura de convênio no valor de R$ 2 milhões com o município para a construção de uma nova célula para o aterro sanitário e outro convênio para perfuração de 10 poços artesianos para atender comunidade rurais, no valor de R$ 1 milhão. “O crescimento e desenvolvimento só acontece onde tem água”, ressaltou.