Mariceli vê intervenção como perseguição: ‘Injustificável’, diz

A então presidente da Santa Casa, Mariceli Bronoski, destituída do cargo juntamente com sua diretoria, na manhã deste sábado (10), classificou a intervenção decretada pelo município de Campo Mourão como perseguição a ela e aos demais membros de sua chapa. “Eu vinha sendo perseguida já antes de entrar aqui. Foi colocado que na direção não havia ninguém com capacidade. Como assim?”, questionou, ao comentar que é formada em administração e que a equipe de pessoal contratada para trabalhar no hospital tem gestão hospitalar e já administraram outros hospitais.

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A então presidente comentou que já sabia, desde quando foi eleita, que ‘não seria fácil’. Mas eu já disse a todos que não desistiria. Muitos que entraram em um ou dois meses saíram. Já eu, fui obrigada a deixar o cargo”, falou, ao lembrar que nunca, na história da Santa Casa, uma mulher ocupou a presidência, outro detalhe, segundo ela, que pode ter contribuído para a perseguição.

Mariceli ressaltou que não concorda com a intervenção porque houve outros momentos de dificuldades e ‘nunca houve uma medida tão drástica’. “Por isso questiono: Por que não nos ajudar? Por que não repassar dinheiro? Por que não colocar alguém para fiscalizar? Se têm questionamentos, vem fiscalizar. Mas por que destituir?”, desabafou. “Será que se fosse outra diretoria teria ocorrido esta intervenção?”, complementou, ao informar que nos últimos três balanços feitos pela contabilidade do hospital, sua direção conseguiu reduzir o déficit mensal da Santa Casa. “Isso será publicado. Está documentado”, enfatizou.

A ex-presidente informou ainda que analisa a possibilidade de recorrer na Justiça da decisão do município de intervenção. “Até a nossa eleição, a diretoria passada prorrogou por três meses o processo por falta de chapa interessada. Por que não interviram naquela época? Por que só agora?”, continuou Mariceli com os questionamentos.

Ela ressaltou que não há justificativa para a intervenção e que fez chapa para a eleição porque não houve ninguém interessado na época.