Milho segunda safra tem área de 338 mil hectares na regional de CM; plantio avança

O Departamento de Economia Rural (Deral), núcleo de Campo Mourão, vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), estima uma área de 338 mil hectares de milho segunda safra, este ano, na regional da Comcam. No decorrer da semeadura, a área poderá sofrer modificações, aumentando ou diminuindo conforme a situação climática.

O plantio está em andamento na região. Nesta semana avançou para 9% da área total, conforme dados divulgados no boletim de terça-feira (23). A expectativa de produção é de 1,8 milhão de toneladas, uma média de 5,5 mil quilos por hectare.

O plantio do milho depende da colheita da soja, que atingiu nesta semana 23% da área semeada (683.180 hectares). A estimativa do Deral é que a região produza algo em torno de 2,5 milhões de toneladas da oleaginosa na região, média de 3.720 quilos por hectare.

A situação da área ainda a colher é a seguinte: 53% (bom), 34% (médio), e 13% ruim. Ainda conforme o boletim, 41% da cultura estão em fase de frutificação e 59% em maturação. A produção comercializada até esta semana pelos produtores chegou a 273.087 toneladas, algo em torno de 11,3% do volume de produção.

O técnico do Deral de Campo Mourão, Paulo Borges, comentou que as temperaturas extremas e falta de chuva durante ciclo da soja deverá impactar no volume final de produção aos agricultores. “Conforme o andamento da colheita vamos tendo estes dados mais precisos”, informou. Na região de Campo Mourão, as áreas com colheita mais avançada estão nos municípios de Campina da Lagoa, Juranda e Ubiratã.

Cenário estadual

O Deral divulgou nessa quinta-feira (25), que as condições de intenso calor, aliadas às poucas e mal distribuídas chuvas no Paraná, particularmente após a metade de dezembro, levaram à redução na estimativa de safra 2023/24. A previsão, divulgada pelo Departamento é de 22,1 milhões de toneladas, 15% a menos que os 25,5 milhões estimados na primeira projeção de plantio, feita em agosto de 2023.

A principal cultura desse período é a soja. Para ela há uma revisão para baixo tanto em área quanto em produção. A intenção dos produtores paranaenses era semear 5,8 milhões de hectares. No entanto, fechou com pouco mais de 5,7 milhões (0,5% a menos). Em produção, passou de 21,8 milhões de toneladas potenciais para 19,2 milhões de toneladas. Queda expressiva de 11,9%.

A redução de produção de soja deverá se refletir na economia do Estado e do País. Levando-se em conta as perdas estimadas até o momento, o valor que deixaria de ser transacionado está em torno de R$ 5 bilhões. Mas, apesar das perdas paranaenses e brasileiras, a expectativa de produção mundial ainda é boa.

Já o milho de primeira safra também sente as más condições climáticas. De uma previsão inicial de 2,9 milhões de toneladas, fruto de plantio em 309 mil hectares em todo o Estado, agora caiu para 2,6 milhões de toneladas (10,3% a menos). A área plantada foi redimensionada para 291,5 mil hectares (5,6% menor). As chuvas observadas nos últimos dias têm ajudado para que o plantio seja realizado em condições ideais. A semeadura deve se fortalecer a partir de fevereiro.