Monitoramento da dengue na região aponta avanço da doença; Saúde alerta para cuidados

O monitoramento da dengue na região de Campo Mourão aponta para o avanço de casos confirmados nos municípios, o que deixa a Saúde em alerta para a doença. A recomendação à população é principalmente eliminar criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus.

De acordo com novo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde do Paraná (Sesa-PR), a Comcam chegou esta semana a 7 casos confirmados, 68 casos prováveis e 158 notificações. Os números são referentes ao novo período epidemiológico, com início no fim de julho deste ano.

O boletim da Sesa informa que os casos confirmados são em Araruna (1), Goioerê (2), Roncador (2) e Terra Boa (2). Até o momento, Campo Mourão segue sem nenhum caso. Na região, em alguns municípios, por enquanto, o índice de infestação de larvas do Aedes aegypti segue, de certa maneira, controlado.

Em Roncador por exemplo, o Índice Rápido de Infestação atualizado (Lira) apontou um índice de infestação de 1,4%. O recomendado pelo Ministério da Saúde é abaixo de 1%. O índice deixa a cidade com status de médio risco de epidemia de dengue.

“Embora o número de casos confirmados seja baixo, se não tomarmos cuidado a tendência é a elevação. É importante que a população faça sua parte. A maioria absoluta dos focos está nos domicílios. As pessoas devem observar as medidas de proteção contra os focos e também permitir que os agentes de combate à endemias orientem e façam vistorias para que todos nós possamos juntos enfrentar essa ameaça”, orienta a Saúde. A preocupação é com a chegada da primavera, caracterizada pelo aumento das temperaturas e das chuvas, condições propícias para o aumento da infestação do mosquito.

Em nível de Paraná, o informe semanal da dengue apontou 149 novos casos. O período sazonal 2023/2024 soma 913 casos confirmados em todo o Estado, sem mortes. Registra também 3.479 casos em investigação e 3.136 descartados. Dos 399 municípios, 93 apresentaram casos autóctones, quando a doença é contraída localmente, e 266 registraram notificações.

Chikungunya

O mosquito Aedes aegypti também é responsável pela transmissão de zika e chikungunya. Durante este período não houve confirmação de casos de zika, somente dez notificações. O novo boletim confirmou ainda três novos casos de chikungunya. Desde o início do período sazonal, houve o registro de nove casos.

Conforme levantamento entomológico feito pela Sesa, mais de 66,3% dos criadouros são passíveis de eliminação, como vasos de plantas, pneus e lixo, sucatas e entulhos de construção, o que evidencia a necessidade de sensibilização da sociedade para o cuidado com seu domicílio e a intensificação dos serviços de limpeza urbana e destinação adequada de resíduos.