Na reta final da campanha, 44% ainda não comprovaram atualização de rebanhos na região

Restando apenas 15 dias para o fim da campanha de atualização de rebanhos – o prazo termina dia 30 deste mês – 44% das propriedades ainda não tiveram a comprovação efetuada junto ao escritório regional da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), núcleo de Campo Mourão.

De acordo com dados obtidos pela TRIBUNA no site da Adapar (https://www.adapar.pr.gov.br/Pagina/Parcial-Atualizacao-dos-Rebanhos-2023), até essa quarta-feira (14), última atualização dos números, das 8.570 propriedades que devem fazer a comprovação na região da Comcam, apenas 4.843 tinham regularizado a situação, faltando ainda outras 3.727.

Na Comcam, o município que mais atualizou rebanhos foi Boa Esperança, que atingiu 94,06%. As outras cidades com os maiores índices são: Terra Boa (77,42%), Barbosa Ferraz (74,72%), Peabiru (74,39%), Corumbataí do Sul (68,98%), Juranda (66,20%), Quinta do Sol (62,50%), e Engenheiro Beltrão (66,15%). Goioerê foi o que menos atualizou: apenas 37,35% de comprovação.

Em Campo Mourão, conforme a Adapar, a comprovação de atualização alcançou 54,21% até a quarta-feira. No município 321 propriedades devem providenciar a medida. Porém, destas, 174 tiveram comprovação efetivada, restando ainda outras 147. Veja os números por município na tabela abaixo.

A Adapar reforça aos produtores quanto ao prazo. A orientação é para evitar deixar para a última hora. Na região, o Órgão de Fiscalização trabalha na busca ativa de produtores desde o início da campanha, iniciada no começo de maio.

“A campanha é fator determinante para o controle de sanidade e vigilância de doenças”, alertou a médica veterinária e fiscal da Adapar em Campo Mourão, Claudia Gebara.

A atualização é obrigatória para todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie. Para se ter ideia, somente o rebanho bovino ultrapassa 445 mil animais. Devem ser cadastrados bois, búfalos, cabras, ovelhas, suínos, cavalos, jumentos, mulas, galinhas e peixes.

Conforme a Adapar, com a certificação do Estado como de área livre de febre aftosa sem vacinação, a estratégia da imunização foi substituída pela atualização do rebanho. Com isso, uma vez por ano o produtor deve declarar a quantidade de animais na propriedade o que possibilita ação rápida nos casos de suspeita inicial de doenças

Claudia ressalta que o criador que não fizer a atualização ficará impedido de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos. Quem ainda não fez a atualização, esta medida já está em vigor desde o dia 31 de maio.

Os criadores podem fazer a atualização no sistema online pelo site da Adapar (www.adapar.pr.gov.br) e também presencialmente em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município (prefeituras).

Além destas opções, foi disponibilizado este ano o aplicativo Paraná Agro como mais uma opção oferecida pelo Sistema Estadual da Agricultura (Seagri) para facilitar o acesso a dados e serviços oferecidos pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e suas entidades vinculadas.

Nesse caso, o usuário precisa ter login e senha da Central de Segurança do Estado, que darão acesso à página de atualização por meio do aplicativo. Claudia alerta que a partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação. “Assim como era a vacinação, o criador deve ter a campanha de atualização como hábito. Ou seja, é algo que ele sabe que tem de ser feito”, observa. A médica veterinária frisa ainda que nas campanhas anteriores, o índice de comprovação ficou dentro e até acima da média estadual.