Nem frio e seca espantam mosquito e casos de dengue só aumentam na região

Que o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, prefere o calor e chuva e há maior incidência de casos da doença durante o verão a população já sabe. Porém, o curioso é que mesmo com os dias secos e frios com a chegada do inverno os casos seguem subindo na região de Campo Mourão.

Conforme o boletim semanal divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a Comcam teve 8.829 casos de dengue nos 25 municípios da região. São 130 a mais que no boletim da semana passada, que eram 8.699. Os números são referentes ao acumulado do início do ciclo, em agosto do ano passado.

De acordo com os dados, Campo Mourão atingiu 1.633 confirmações e só não tem mais casos que a cidade de Terra Boa, que acumula 3.191. Já as notificações, a Comcam totaliza 14.012, além de 9.487 casos prováveis da doença. Por enquanto não há mortes por dengue na região, conforme a Sesa.

Os casos por município na Comcam são: Altamira do Paraná (4); Araruna (142); Barbosa Ferraz (302); Boa Esperança (541); Campina da Lagoa (74); Campo Mourão (1.633); Corumbataí do Sul (625); Engenheiro Beltrão (72); Farol (18); Fênix (158); Goioerê (169); Iretama (17); Janiópolis (15); Juranda (24); Luiziana (91); Mamborê (373); Moreira Sales (89); Nova Cantu (8); Peabiru (61); Quarto Centenário (211); Quinta do Sol (35); Rancho Alegre D’ Oeste (161); Roncador (50); Terra Boa (3.191) e Ubiratã (765).

O Paraná soma 76 óbitos por dengue, com 129.646 casos confirmados, 11.924 em investigação e 253.260 notificações. Dos 386 municípios com notificações, 358 tiveram casos confirmados e 315 registraram autoctonia, quando a dengue é contraída no município de residência. O mosquito Aedes aegypti, além da dengue, transmite zika e chikungunya. Durante este período não houve casos confirmados de zika, sendo 105 notificados. Já para chikungunya foram notificados 459 casos com 33 confirmações e nove casos autóctones.

A Sesa, ao divulgar os boletins semanais, ressalta alguns cuidados que a própria população pode ter para evitar a proliferação do Aedes. O mosquito se reproduz ao depositar seus ovos preferencialmente em recipientes com água limpa e parada. Em dois ou três dias após o contato com o líquido, os ovos viram larvas e, ao término desse ciclo, se transformam em mosquitos adultos. Para tentar controlar a situação, prefeituras vêm fazendo o uso do tradicional fumacê, entre outras ações como arrastões.

A dengue tem como sintomas febre, dor de cabeça, mialgia, dor atrás dos olhos, fraqueza, manchas vermelhas no corpo e dor nas articulações. O diagnóstico pode ser feito com um exame de sangue onde é feita a sorologia para dengue. O tratamento é com repouso e hidratação oral. Alguns casos podem complicar, sendo necessário internação hospitalar.