Polícia Civil aprofunda investigação de crimes contra vida e fala em ‘guerra’ entre traficantes no Lar Paraná

Com o avanço das investigações sobre o último homicídio ocorrido em Campo Mourão, no dia 4 deste mês, em que o adolescente Luiz Miguel Zambon, 17, foi assassinado a tiros de pistola no Lar Paraná, a Polícia Civil fala em uma ‘guerra’ entre traficantes pela disputa de pontos de venda de entorpecentes no bairro.

A informação é do delegado operacional da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, Saulo de Tarso Cerqueira Baptista Neto, que coordena as investigações sobre os últimos crimes contra a vida no município. . Logo após o homicídio, foram registrados outras três tentativas sequencialmente. Todas tem ‘íntima ligação’, sustenta o delegado.

Sem repassar detalhes para não atrapalhar as investigações, Neto diz que a Polícia Civil já tem a identificação e qualificação dos autores, tanto do homicídio, quanto das duas últimas tentativas. “Foram dias conturbados com quatro crimes contra a vida em apenas dois dias. Já temos nomes e qualificação dos supostos autores e em breve estaremos concluindo o procedimento investigatório”, frisa Neto, ao comentar que várias pessoas já foram ouvidas sobre os crimes.

Ele lembra que um adolescente envolvido na última tentativa de homicídio foi apreendido pela polícia e que o Ministério Público representou pela internação dele, que é autor confesso. O indivíduo foi apreendido junto de outro comparsa com uma motocicleta no Lar Paraná. Confessou que foi piloto de fuga do autor dos disparos contra Tales Augusto Pimpão Vedovat, 20, no dia 6 deste mês. Vedovat foi alvejado na rua Tarumã (Lar Paraná), em plena luz do dia com disparos de pistola na cabeça. Ele continua internado em um leito de UTI, em um hospital da cidade.

“Em um trabalho conjunto com a Polícia Militar já temos os suspeitos identificados e qualificados [destes últimos crimes] e em breve esperamos dar uma resposta à sociedade, que está incomodada com essa sensação de insegurança”, ressalta o delegado, ao destacar que a polícia vem atuando em diferentes linhas de trabalho com o objetivo de prender não só os executores dos crimes, mas também os mandantes.

Saulo informa não ter dúvida de que o Lar Paraná, neste momento, é ponto visado por traficantes que vêm brigando por disputa de espaço. Tanto é, observa, que durante todo ano foi relativamente tranquilo com relação a este tipo de crime, mas agora iniciaram estas ações. “Nosso trabalho é evitar este tipo de problema porque vem incomodando todo o bairro”, preocupa-se Saulo, ao informar que durante este feriado prolongado, o policiamento, tanto por parte da Polícia Militar, quanto da Polícia Civil – no âmbito investigativo-, está intensificado na região do Lar Paraná. “Estamos articulando com a PM o reforço no Lar Paraná sem desguarnecer outros bairros”, diz.