Processo de adoção em Campo Mourão conta com sete crianças com novas famílias em 2022

O processo de adoção em Campo Mourão já reuniu sete crianças com novas famílias. Em entrevista o Juiz da Vara da Infância e Juventude Edson Jacobucci Rueda Junior informou que mesmo durante a pandemia o processo continuou e que nos últimos dias teve um avanço.

Mesmo o país atravessando uma pandemia, encontros online foram realizados, uma forma de dar continuidade e agilidade no processo. ‘No começo foi um pouco difícil, mas com videoconferências foi possível conversar com os pretendentes à adoção e realizar o processo e nos últimos dias duas meninas quase adolescentes, perfil difícil de adoção, conseguiram uma nova família por meio do aplicativo Adote. Um casal de Londrina conheceu as meninas e conseguiu a sentença de adoção. Temos mais uma criança e outros quatro irmãos com processo de experiências de 90 dias, casos interessantes que aconteceram durante a pandemia”, disse o juiz.

Segundo Edson, a maioria dos pretendentes da adoção querem crianças na faixa etária de 3 e 4 anos, quando chega próximo aos 10 anos é mais difícil porque não tem um perfil para adotar com essa idade em Campo Mourão. “Os nomes e as informações das crianças são incluídas no cadastro nacional e caso não seja encontrada uma família no Brasil, podem ser inscritas em uma lista internacional de adoção’.

Os interessados na adoção tem que se inscrever no cadastro nacional de adoção, são feitas uma série de estudos, cursos preparatórios e no final se forem aprovados em todas as etapas eles entram em uma lista de espera. ‘Sendo maior de 18 anos, que tenha condições psíquicas, qualquer pessoa pode adotar uma criança, independentemente de ser solteiro ou casado, orientação sexual”, comenta Jacobucci.

De acordo o juiz, a criança vai para adoção após destituição familiar, maus tratos, abandono, violência negligencia, prostituição e o uso de drogas dos pais, sendo esses os principais motivos para que uma criança seja colocado no processo de adoção.

As crianças ficam abrigadas no Lar Miriã e na Mão Cooperadora antes de serem adotadas. Um projeto de apadrinhamento criado pelo juiz Edson com o promotor Luciano Rahal que envolve a comunidade, tem contribuído com crianças e adolescentes que não foram adotadas a ficarem nos finais de semana com pessoas que se prontificaram a serem padrinhos as crianças proporcionando um suporte afetivo as crianças.

Toda criança que é adotada terá os mesmos direitos de um filho biológico na área jurídica. “A partir do momento que você adota uma criança, ele rompe os laços com a família biológica e passa a ser filho sem nenhuma diferença de outro filho da pessoa que fez a adoção”, conclui.