“Queremos escrever uma nova história para Campo Mourão”, diz Rodrigo Salvadori

“Queremos escrever uma nova história para Campo Mourão.” A afirmação é do empresário e agropecuarista, o mourãoense Rodrigo Salvadori (Progressistas), candidato a prefeito no município. Em entrevista à TRIBUNA, ele falou de seus projetos para a cidade caso seja eleito e destacou que o município precisa “urgente” de renovação.

Aos 41 anos de idade, Salvadori vai disputar a prefeitura pela chapa “Renova Campo Mourão”, coligada pelos partidos: MDB; PODE; PROS; PP; PDT; e DEM. Seu candidato a vice-prefeito é o médico  Ademir Cardoso Junior. O grupo tem 67 candidatos a vereador. Nenhum deles disputa a reeleição. “Todos têm o propósito e são comprometidas com Campo Mourão”, frisou Salvadori, ao afirmar ser contra a reeleição. Em 2016 ele já disputou o pleito, mas perdeu por uma pequena quantidade de votos para o atual prefeito.

Salvadori tem experiência em gestão pública. Além de vice-prefeito de Campo Mourão na gestão 2013/16, foi também secretário do Desenvolvimento da cidade e Diretor Geral da Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral do Governo do Estado no governo de Cida Borghetti. Hoje ele se diz ainda mais preparado para governar Campo Mourão.

“Eu busquei conhecimento e gestão técnica qualificada. Me aproximei de pessoas que realmente fizeram a diferença nas suas cidades, trazendo idéias e inovação. Colocamos nosso nome à disputa com um único objetivo: melhorar Campo Mourão”, afirmou.

Salvadori falou ainda dos projetos para tornar Campo Mourão uma cidade inteligente e tecnológica e de ações na saúde e educação. Destacou também que o servidor precisa ‘urgentemente’ de valorização e respeito em Campo Mourão.

“O município precisa urgentemente resgatar o seu servidor público. O servidor é aquele que atende na saúde, na educação, no obras e todas outras áreas. Uma série de pessoas que realmente fazem as coisas acontecer. Que trabalham para todos nós”, falou. Leia abaixo a entrevista na íntegra. 

Tribuna do Interior – Quem é Rodrigo Salvadori?
Rodrigo Salvadori tem 41 anos. É empresário e agropecuarista. Nascido em Campo Mourão, é membro de família tradicional e de pioneiros mourãoenses. Ele é neto do ex-prefeito Rosalino Mansuetto Salvadori que governou a cidade no final da década de 60, após assumir a prefeitura como vice do lendário Milton Luiz Pereira.  Já foi vice-prefeito de Campo Mourão e secretário do Desenvolvimento da cidade, além de ter ocupado o cargo de Diretor Geral da Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral do Governo do Estado no governo de Cida Borghetti.
 
Rodrigo porque você colocou seu nome novamente para a disputa?
Eu vim me preparando para o pleito e uma possível administração nos últimos quatro anos de uma forma bem consistente. Consegui fazer alguns cursos de aperfeiçoamento de cidades inteligentes e tecnologias da informação, buscando cases em outros municípios em várias áreas que já deram certo. Tive a oportunidade e trabalhar como secretário de Planejamento e Coordenação Geral no Governo do Estado, que me deu uma bagagem muito grande e uma abertura de busca de recursos de créditos no Banco Mundial e no Banco Internacional do Desenvolvimento. A gente viu que existem várias opções para isso, mas precisam de projetos e de pessoas comprometidas. Eu amo essa cidade. Nasci e fui criado aqui. Meu filho mora aqui e aqui ele vai ficar. Então é uma obrigação da gente dar esta contribuição para tornar nossa cidade um lugar melhor para todo mundo.
 
Uma de suas principais bandeiras é transformar Campo Mourão em cidade inteligente e tecnológica. Como pretende fazer isso?
É tão simples. Um monte de cidade no interior de estados muito menos favorecidos que o nosso hoje já possuem prontuário eletrônico de atendimento [na Saúde], já possuem uma marcação de consultas e exames feitos todos pela internet. A gente vê em Campo Mourão um ciclo vicioso. Você demora muito tempo para conseguir uma consulta. Quando você consegue, demora muito tempo para conseguir o exame. E quando você consegue o exame demora ainda mais tempo para reconsulta. Leva-se tanto tempo que aquele exame se perdeu. Ou seja, a primeira consulta e o exame foram dinheiro jogado no lixo. O morador vai ter que fazer tudo de novo. Estamos acompanhando as cidades em um contexto geral do mundo se desenvolvendo utilizando tecnologia e a modernidade que não é mais tão cara como dizem. Imagine neste quesito da saúde, quanto se jogou fora [recursos] com reconsultas e reexames perdidos. Então a gente tem um projeto com base. Pude trabalhar muito próximo ao Silvio Barros [ex-prefeito de Maringá] que trouxe muitas e muitas modernidades tecnológicas para a cidade, melhorando de forma direta a vida dos cidadãos.
 
Quais os benefícios de uma cidade inteligente?
São inúmeros. É você pensar o problema da população e de uma forma rápida e não tão cara resolvê-lo. É você trazer a internet na mão de cada um criando a possibilidade de agendamentos online. Quantas mães perdem o dia hoje indo nas creches e descobrindo que não tem vaga. Imagine a gente conseguir isso de dentro de casa. É uma ferramenta que traz ganho de tempo para todo mundo. Para o município e para a população. Em um contexto geral parece simples e é. Mas você tem que querer fazer. Tem que querer mudar. Vai acabar esse negócio de passar na frente de fila da saúde. Vai acabar passar na frente em fila de creche.
 
Atualmente Campo Mourão tem quase 800 crianças na fila de espera por creche. Como você analisa esta situação?
Eu vejo que não é só a construção de creches como já está ocorrendo que vai solucionar este problema. Hoje nossos professores municipais se sentem extremamente desestimulados de ir para a sala de aula. A valorização dele tem que começar de quem precisa dele. E o Executivo precisa muito mais do servidor público do que o servidor público do Executivo. O servidor público é a pessoa que carrega o ‘piano’, que vai dar educação para os nossos filhos e passar este conhecimento para as próximas gerações. Imagine esta pessoa sem vontade de fazer isso, fazendo totalmente por obrigação. Isso precisa acabar. Então a gente vê a demanda não só da parte de construção, mas também a valorização do nosso servidor, neste caso do professor. E dependendo das possibilidades do município, que já está extrapolado com o limite de gastos e isso nos preocupa, fazer novas contratação de professores para o ensino fundamental.
 
Quais seus projetos para a saúde?
Para a gente entender a saúde por dentro, graças a Deus o doutor Ademir aceitou caminhar com a gente como candidato a vice-prefeito. Ele atende no Pronto Socorro, na Santa Casa, e Ciscomcam. É uma pessoa que vê o problema de uma forma efetiva. A especialidade de oftalmologia, por exemplo, parece que tem mais de 10 mil pessoas na fila. A forma de resolver isso será conversando com os médicos dando a eles a possibilidade de trabalho e evitando que a gente tenha o custo maior de além de pagar o médico deslocar a população a outras cidades. É o que está acontecendo muito em Campo Mourão. Se nós temos médicos aqui e podemos dar para eles as condições de trabalho porque gastar mais com transporte? Porque tornar o tratamento do paciente mais difícil e menos acessível? Eu acho que Campo Mourão tem que ser mais amada. Temos que valorizar mais o que temos. E temos muitas coisas boas. Independente de lado político pretendemos fazer uma campanha sem julgar ninguém. Não estamos vendendo partidos ou idéias, estamos querendo mostrar um projeto para escrever uma nova história para nossa cidade.
 
Muito tem se falado na implantação da zona azul na cidade. Uma reivindicação do comércio e de toda a comunidade mourãoense. A licitação iniciou em 2018, porém até hoje, 32 meses depois, não saiu do papel. É possível tornar este projeto realidade?
Claro que é. Temos zona azul em várias cidades. Maringá tem zona azul, Cascavel tem zona azul. Várias cidades têm isso funcionando há muito tempo. Só tem que ter vontade de fazer acontecer. Tem que fazer os processos de forma transparente. Que não fiquem sendo barrados na Justiça por falta de critérios. Hoje se você monta uma licitação e tem ela toda pontuada a forma de trabalhar não existe como uma empresa te travar judicialmente. Ela precisa ter onde se pegar para demandar uma ação judicial. Faça de forma transparente. Se não está dando certo da forma como vem sendo feito cancele e comece tudo de novo. Mas faça de uma forma que preencha todos os princípios da lei de licitação. É duro chegar a esta conclusão, mas é falta de vontade e de querer que aconteça.
 
Você já foi secretário do Desenvolvimento e vice-prefeito da cidade. Deve conhecer bem os problemas de Campo Mourão. Na sua opinião, do que o município mais precisa hoje?
Precisa urgentemente resgatar o seu servidor público. Isso é o que o município mais precisa neste momento. O servidor é aquele que atende na saúde, na educação, no obras e de todas outras áreas. Uma série de pessoas que realmente fazem as coisas acontecerem, que trabalham para todos nós. È muito fácil você atacar o servidor falando mal dele, mas trocar de lugar com ele carregando este ‘piano’ de uma máquina pública pesadíssima ninguém quer. O servidor público não só é desvalorizado como é desrespeitado em Campo Mourão.  
 
Rodrigo há anos a cidade vem sendo administrada basicamente por dois grupos políticos. Como você analisa esta situação?
Com certeza absoluta isso prejudica o município. Nós podemos fazer comparativos. Toledo, por exemplo, começou a mudança quando acabou a reeleição. A cidade hoje é maravilhosa. Maringá, independente do grupo político que ganha os outros apóiam. Então gente, o amor pela cidade tem que superar esta vontade e esta gana pelo poder. Por isso sou contra reeleição. A reeleição é um problema sério. Inclusive, recentemente, o próprio atual prefeito [Tauillo Tezelli] disse isso na Acicam. Então chega. Vamos mudar. A cidade precisa de oxigenação.
 
Você está ouvindo a comunidade para elaboração do seu plano de governo?
Estou ouvindo toda a comunidade. Estou pegando pessoal de cada área. Nós temos pessoal da cultura, trabalhando, da saúde, e um grande número de professores municipais alinhados com a gente. Estamos buscando os maiores problemas de Campo Mourão para que a gente possa se não acabar com o problema, iniciar essa mudança e o fim de cada um deles. Estamos caminhando para isso.
 
Seu candidato a vice-prefeito, o Dr. Ademir, o que espera dele?
O doutor Ademir é meu amigo de infância. Uma pessoa de família extremamente batalhadora. É um médico competente e muito querido nos hospitais onde trabalha. Uma pessoa que tenho certeza que vai somar muito principalmente na área da saúde. Ele não tem interesse particular na prefeitura. O interesse do Ademir é de coração ajudar a cidade. Ele já anunciou que abre mão do salário de vice-prefeito que é pequeno, mas ele abre mão e está junto para somar e fazer as coisas acontecerem.
 
Quantos candidatos a vereador o grupo lançou e como avalia os nomes?
69 candidatos. Eles são todos novos.  Temos um candidato que já foi vereador lá atrás, mas nenhum que disputou reeleição. São pessoas com formação e propósito com um único objetivo: mudar a cidade de Campo Mourão para melhor.
 
Na eleição que disputou em 2016 você recebeu 18.656 (45,76%). Ou seja, quase metade dos eleitores de Campo Mourão queria você no comando do município. Na sua opinião, o que acha que faltou para a vitória?
Na época tínhamos três candidatos. A prefeita Regina disputou a reeleição com o Nelson Tureck de vice. Fizeram pouco mais de 11 mil votos que não foram contabilizados. Tentamos mostrar isso para a população. Se nós tivéssemos conseguido e ela tivesse o conhecimento de que estes votos não valeriam tenho certeza que teríamos vencido essa eleição.  Hoje esta história não vai se repetir. Só preciso que as pessoas nos escutem, nos entendam e vejam que estamos preparados para inovar em Campo Mourão. 
 
Hoje você se considera mais preparado?
Muito mais. Fui atrás de conhecimento. Consegui participar de feiras nacionais e internacionais de cidades inteligentes e de desenvolvimento sustentável, busca de investimentos dentro e fora do país. Na Secretaria Estadual de Planejamento tive contato direto com o Banco Mundial e financiadores de projetos a fundo perdido a nível mundial. E nós vimos que dinheiro tem. O que precisa é de bons projetos e transparência.
 
Esta será uma campanha eleitoral diferente de todas as outras por conta da pandemia do Covid-19. Não poderá ter todo aquele contato corpo a corpo com o eleitor. Como você vê esta situação e o que espera deste novo modelo de campanha forçado pela pandemia?
Quem está abrindo a porta da sua residência e empresa para nós, estamos indo. Fora isso, estamos utilizando muito a ferramenta da internet. Todas as terças e quintas-feiras estamos fazendo lives mostrando cada dia um assunto e respondendo a população.
 
Recentemente você foi vítima de ataques nas redes sociais. A informação é que você seria preso pelo Gaeco. O que tem a dizer sobre isso?
Infelizmente acho que este é o prenúncio de como será esta campanha. Mas pode atacar. Quando atacarem eu volto e falo a verdade. Agora pergunto: como alguém pode apoiar pessoas que mentem na internet e que querem ganhar o voto enganando e passando a população para trás. Imagina na como será na administração? Eu vou me defender. Cada fake news e cada atitude estamos denunciando na Justiça. Pedimos inclusive que a população se cuide como que compartilha porque também poderá responder. 
 
Como será pautada a campanha eleitoral do candidato Rodrigo Salvadori?
Será pautada com idéias inovadoras e idéias de mudança.
 
Caso você seja eleito prefeito de Campo Mourão o que a população pode esperar de Rodrigo Salvadori?
Pode esperar uma administração totalmente transparente, que respeita o seu quadro de funcionários públicos, conversando diretamente com o prefeito. Pode esperar uma administração bem tecnológica e inovadora que pode mudar a vida em curto prazo de tempo das pessoas que moram em Campo Mourão. Eu só peço que busquem informações sobre todos os candidatos.