Região de Campo Mourão registra manifestação de caminhoneiros

Ainda na manhã desta quinta-feira (9), segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), seis pontos de rodovias estaduais do Paraná apresentavam bloqueios parciais por caminhoneiros. Na região de Campo Mourão, há manifestações na rodovia PR-180, no KM-217, em Goioerê.

Os bloqueios fazem parte dos protestos pró-Jair Bolsonaro, e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (FETRANSPAR), que representa mais de 20 mil empresas no Estado, repudia os atos.

A Federação destacou em nota que nenhum dos protestos, motoristas ou empresas do setor de transporte estão presentes, sendo movimentados isolados e praticados por profissionais autônomos que não fazem parte da Federação. A entidade reforçou que desconhece o teor da pauta e salienta que o direito de ir e vir das pessoas que estão nas estradas, bem como dos transportadores que necessitam trafegar levando suas cargas, precisam ser respeitados.

“Nessas localidades onde ocorrem as manifestações, cidades correm o risco de desabastecimento de produtos essenciais que chegam via transporte rodoviário”, afirmou a Federação, em nota. Por fim, reforçou que qualquer pauta de reivindicação deve ser resolvida com diálogo entre as categorias e autoridades competentes, sem que se prejudique o tráfego em estradas ou dentro das próprias cidades.

Rodovias federais

Em contrapartida, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) reforçou que as rodovias federais que passam pela região estão livres e que não apresentam nenhum tipo de bloqueio. Nesta quarta-feira (8), o presidente da República, Jair Bolsonaro, pediu aos caminhoneiros manifestantes para liberarem as estradas. O presidente afirmou que a ação prejudica a economia e que as negociações acontecerão a partir de agora em Brasília.

Após as manifestações bolsonaristas, o cenário político nacional está bastante movimentado. Cientistas políticos acreditam que os olhos serão todos voltados para as reações do Congresso e do Supremo a partir de agora, que já se manifestaram ontem. As declarações do presidente estão sendo levadas em conta como “ataque à democracia”. Vários pedidos de Impeachment contra Bolsonaro estão sendo estudados.