Servidores recusam contraproposta do município e impasse continua em Campo Mourão
Servidores públicos municipais de Campo Mourão decidiram na tarde dessa quarta-feira (12), em assembleia realizada na sede do Sindiscam (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Mourão), pela recusa da contraproposta do município referente ao reajuste salarial e do auxílio-alimentação da categoria. Durante a reunião, os funcionários decidiram também pela continuidade do estado de mobilização e assembleia permanente. A data base da classe vence no dia 30 deste mês.
A presidente do Sindiscam, Josiane Flores Munis da Silva, informou que desta vez a administração municipal aumentou sua proposta inicial de 4,5% para 5% na reposição salarial e de R$ 27,50 para R$ 100,00 o reajuste do auxílio-alimentação, que passaria de R$ 550,00 para R$ 650,00. No entanto, os servidores recusaram.
Josiane informou que o sindicato encaminhará ainda nesta quinta-feira (13) uma nova proposta ao município de 10% no reajuste salarial e a manutenção da reivindicação de R$ 810,00 no auxílio-alimentação. “Em relação ao reajuste salarial, os servidores não aceitaram a contraproposta do município porque ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que hoje está em 5,06%. Vamos fazer uma contraproposta de 10%”, ressaltou.
A presidente do Sindiscam disse ainda que, em relação ao auxílio-alimentação, os servidores entenderam que devem receber o mesmo valor pago pela Codusa aos seus servidores, no valor de R$ 810,00. “Vamos continuar nas negociações”, afirmou.
O Sindiscam chegou a convocar um movimento em frente à prefeitura para a tarde dessa quarta para chamar a atenção da administração municipal quanto às reivindicações dos servidores. Porém, como o prefeito Douglas Fabrício (Cidadania) abriu uma mesa de negociação com os servidores, com uma reunião no mesmo dia, o ato foi transferido para a sede do Sindiscam, durante assembleia.
Inicialmente, os servidores pediam 13% de reajuste salarial. Porém, este valor foi descartado, inclusive antecipadamente pelo secretário de Finanças e Orçamento do município, Aldecir Roberto da Silva, durante a prestação de contas do Executivo à Câmara Municipal, em fevereiro. De acordo com Silva, o município não teria capacidade financeira e orçamentária para o reajuste a este percentual. Com isso, segue o impasse entre município e servidores em relação à data-base.
Outras reivindicações
A categoria reivindica também a criação de benefício (auxílio-social) voltado aos servidores aposentados, com valor equiparado ao do auxílio-alimentação; auxílio-transporte no valor de R$ 513,04 a todos os servidores; implementação do auxílio-deslocamento aos servidores da zona rural, distrito de Piquirivaí, e extensão aos demais cargos que trabalham em vários locais.
A categoria pede ainda a revisão do Plano de Cargos e Carreiras, incluindo o reenquadramento de diversas categorias profissionais; aplicação do piso salarial nacional para o magistério e dentistas; correção dos adicionais de insalubridade e periculosidade, garantindo pagamento retroativo; criação da Guarda Municipal; evolução funcional, ou seja, inclusão de progressão por escolaridade para celetistas; aumento no avanço por nível de habilitação e regulamento do doutorado para fins de progressão; concessão de licença para pós-graduação; pagamento de horas extras dentro do prazo regulamentado; capacitação dos servidores por meio de treinamentos periódicos; solicitação de novas contratações por meio de concursos públicos para o fim da terceirização; recriação dos cargos de serviços gerais, cozinheira, atendente, entre outros.