Técnico e quatro atletas de CM são convocados para campeonato internacional de handebol

No período de 1 a 5 de novembro deste ano, Salvador, na Bahia, sediará a II Copa América de Handebol. As categorias são +35, +55 e +60, feminino e masculino. A seleção brasileira contará com o técnico e mais quatro atletas mourãoenses na equipe.

O professor Jair Grasso, com mais de 40 anos de história em prol do handebol paranaense, foi o nome selecionado pelo comitê organizador do evento para compor a Comissão Técnica da Seleção Brasileira de Handebol Masculino +55. O convite veio em função da vice-liderança da equipe master de Campo Mourão nessa categoria no campeonato brasileiro em junho 2023.

Após aceitar liderar o time, o técnico convocou quatro jogadores mourãoenses para comporem a seleção brasileira. São eles: Antônio Marcelo da Silva e Silveira (categoria +60), Getúlio Ferrari Júnior (categoria +60), Marcelo de Oliveira Lima (categoria +55) e Fabrício Agostinho Mendes (categoria +35).

Além desses, Grasso também escalou para a categoria +55 os jogadores de Campo Mourão Ubirajara Rodrigues, Ubiraci Rodrigues, Luís Carlos Prates e Amarildo Fuzeto. Porém, por questões particulares, declinaram o convite. Além disso, foram convidados para compor a Comissão Técnica o professor Erivalto Santos de Oliveira, de Goioerê, e o professor Paulo Gilmar Fuzeto. Do mesmo modo, não poderão participar.

“Fiquei muito feliz com a convocação. É uma forma de reconhecimento”, salientou Mendes, um dos atletas convocados

Convidados comemoram oportunidade

Em entrevista à TRIBUNA, técnico e atletas convocados comemoraram o reconhecimento pela convocação e falaram da importância de participar desse evento esportivo a nível internacional. O técnico da seleção master que disputará o campeonato comentou que isso é fruto de um trabalho de muitos anos de Campo Mourão no handebol. Para ele, essa é uma forma de estimular o esporte, servindo, inclusive, de inspiração para outras gerações.

O técnico nomeado Jair Grasso tem larga experiência no quesito liderança de times de handebol. Para citar apenas algumas das atuações dele, já foi técnico em Ponta Grossa, liderou a equipe de Campo Mourão em 1984, dirigiu a seleção do Paraná e foi campeão dos Jogos Abertos do Paraná (JAPs) por oito vezes. Apesar de todos esses importantes títulos, Grasso dedica especial afeto para a equipe de origem. “A minha paixão é o handebol de Campo Mourão”, falou, completando que o time se tornou uma verdadeira família.

Grasso enfatizou que a equipe de handebol de Campo Mourão já participou de muitos campeonatos brasileiros ao longo da história. Segundo ele, todos os que estão indo para o campeonato internacional agora têm o handebol como um ciclo de vida: “Começaram com o desporto escolar”. Reforçou que é uma categoria com o futuro garantido. Isso porque se trata de um esporte que tem história no município afora.

Duas instituições de ensino de Campo Mourão, por exemplo, tiveram times campeões brasileiros escolares. Foram o Instituto Santa Cruz e o Colégio Estadual Antônio Teodoro de Oliveira. Além disso, até um ex-atleta mourãoense já integrou o elenco da seleção brasileira nas Olimpíadas de Tóquio, no Japão, em 2021: Thiago Alves Ponciano.

Grasso mencionou que todos os atletas de Campo Mourão convocados e que participarão da copa foram bem aceitos. Além disso, segundo o técnico, estão se preparando para trazer o título para o município.

Antônio Silveira, por exemplo, tem orgulho de, além de Engenheiro Civil do município de Juranda, ser atleta do time de handebol master de Campo Mourão e, agora, da seleção brasileira na categoria em que foi escalado. Ele iniciou resumindo o sentimento de participar do campeonato. “Essa convocação é uma recompensa e um reconhecimento por tantos anos dedicados ao handebol”, falou.

Já para Marcelo Lima, que começou em 1978 no handebol, passando por times de diversos locais, o esporte representa um legado. “Estamos até agora. Esse esporte é para a vida toda”, comentou.

Outro importante atleta mourãoense, convocado para a categoria +35, foi Fabrício Mendes. Ele já jogou nos melhores times do Brasil. Mesmo após já ter sido campeão brasileiro, retorna às quadras após 10 anos do título com bastante satisfação por essa oportunidade. “Fiquei muito feliz com a convocação. É uma forma de reconhecimento”, salientou.

Grasso ressaltou que essa participação certamente veio para abrir portas para Campo Mourão. Revelou que um importante objetivo para o futuro será buscar trazer a competição esportiva para a cidade.

Em tempo…

Um dos atletas, Getúlio Ferrari Júnior, acabou sofrendo uma lesão recentemente e corria o risco de não participar da competição. Inclusive, no dia da entrevista à TRIBUNA, ele não pôde comparecer com os demais jogadores. No entanto, Júnior se recuperou e seguirá na equipe master da seleção brasileira.

Equipe de Campo Mourão fez homenagem póstuma a Jonas (in memoriam) nos Jogos Abertos Master, em Foz do Iguaçu (foto)

Atleta Jonas Rodrigues é homenageado

O advogado e atleta Jonas Rodrigues (in memoriam) também fazia parte da equipe de handebol do município na categoria master. Ele perdeu a vida em um trágico acidente na rodovia PR-317 no dia 13 de agosto deste ano. Com muito pesar, os companheiros seguiram adiante, mas sem deixar de lembrar do amigo, estampando uma homenagem a ele na camisa da seleção mourãoense: “Amigos do Jonas”.

Além disso, pouco tempo depois da fatalidade, a equipe estava escalada para participar da 3ª edição dos Jogos Abertos Master, em Foz do Iguaçu, que aconteceu em setembro. Jonas também participaria. Na ocasião, foi feita uma homenagem póstuma ao atleta.

Os companheiros comentaram que o momento gerou muita comoção a todos que estavam presentes, em especial ao time de Campo Mourão. “Na minha opinião, o Jonas foi o melhor jogador de handebol na categoria +50 do Brasil”, enfatizou Antônio Silveira.