Terreno tomado por mato alto em pleno centro de Campo Mourão revolta moradores e se torna ‘ninho’ para bichos

Um problema bastante antigo vem tirando a paz de moradores que residem na rua São José e redondezas, entre as Avenidas Manoel Mendes de Camargo e Goioerê, ao lado do “shopping” Pio Bello, pleno centro de Campo Mourão. É que por lá, um grande terreno baldio – subdividido em quatro – está tomado pelo mato alto. O lote é particular. E o proprietário não cuida da limpeza. O local está completamente abandonado. As informações são de que o dono da área reside em Maringá.

Esta não é primeira vez que a situação incomoda e preocupa quem reside nas proximidades. Há algum tempo o proprietário chegou a cercar toda área com ‘folhas’ de zinco ‘escondendo’ o mato. Pelo menos quem passava pela rua não via o desleixo. Mas o problema continuava ali. Com o tempo o cercado veio ao chão com a ação da natureza e até mesmo por atos de vândalos.

“A cerca na verdade piorou a situação. Escondia o mato e impedia a entrada dos agentes do município. Foi bom ela cair ”, desabafou o morador de um prédio próximo ao local, que preferiu não se identificar.

Ele disse que por várias vezes já presenciou agentes de endemias recolhendo lixos do local que poderiam servir de criadouro do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. “Deste jeito não adianta ficar recolhendo lixo. É o mesmo que ‘enxugar gelo”, desabafou, ao cobrar medidas mais enérgicas do município para resolver o problema.

O mato alto, além de contribuir para o acúmulo de lixos, pode atrair uma diversidade de outros insetos e animais indesejados. Roedores, escorpiões, aranhas, e porque não até cobras. “Inaceitável. Um absurdo”, comentou o morador.

Um empresário contabilista que reside ao lado, chega a brincar com a situação para ‘quebrar’ o estresse com o problema. “Ali só não pode caçar”, ironizou, comparando o mato alto a uma ‘floresta’. “Está uma vergonha. Eu tenho certeza que há pelo menos dois anos esta área não é limpa. Gostaria de saber o nome do dono para divulgar o responsável pela ‘floresta’”, disparou. “Está um lixão”, continuou desabafando.

O empresário disse entender que não é obrigação do município limpar terreno particular. Porém, segundo ele, deveria haver punições mais severas para este tipo de inconveniente. “Não tinha nem que notificar. Quem tem o terreno sabe que tem que cuidar. Eu tenho e cuido dos meus. Deixou de limpar, multa automaticamente e encaminha o caso para a Justiça para responder criminalmente. Isso é questão de saúde pública. E ainda para piorar, além do proprietário que é um desleixado, muitos moradores são ainda mais porcos, pois jogam lixo no local”, complementou.

Outro lado

A TRIBUNA entrou em contato com o Setor de Fiscalização do município sobre o caso. A informação é que existe uma grande demanda de denúncias relacionadas a terrenos baldios na cidade. A orientação é que o morador formalize a denúncia na Fiscalização para que o caso seja encaminhado à secretaria de Meio Ambiente para as providências.

“Algumas pessoas se manifestam sobre o problema só nas redes sociais. Mas é preciso formalizar a denúncia para que possamos tomar atitudes administrativas e o próprio denunciante possa acompanhar o caso pelo número do protocolo gerado no momento em que a denúncia é inserida no sistema”, orienta a pasta.