A fala e a desculpa do papa
“O que guarda a sua boca preserva a sua vida; mas o que
muito abre os seus lábios traz sobre si a ruína”.
Provérbios 13:3
“Cheios de viadagem”, disse o papa Francisco, na reunião a portas fechadas com bispos italianos, quando o pontífice se referiu ao conteúdo dos seminários.
A declaração ocorreu no dia 20 de maio, mas só foi revelada pelos meios de comunicação no dia 27 passado, e no seguinte, terça anterior (28), o papa pediu desculpas:
“O papa nunca teve a intenção de ofender ou se expressar em termos homofóbicos, e ele pede desculpas aqueles que se sentiram ofendidos pelo uso de um termo relatado por outros”.
“Frociaggine” em italiano, traduzido para a nossa língua é mesmo viadagem. As escusas do papa foram apresentadas através do porta-voz do Vaticano Matteo Bruni.
O episódio foi primeiramente noticiado pelo Dagospia e em seguida nos demais jornais italianos como La Repubblica e o Corriere della Sera.
Naquela oportunidade o papa reafirmou o que publicamente enfatiza, o de permanecer contrário à admissão de homossexuais no sacerdócio, manifestou a membros da Conferência Episcopal Italiana.
Creio que, se um dia – o que me parece impossível – tiver a chance de me confessar a um bispo italiano, talvez eu refutaria, pois teria motivos de sobra para negar a confissão.
Afinal de contas, a reunião com os bispos italianos foi a portas fechadas, e o fato só veio a público porque um dos bispos fez a fofoca, dando com a língua nos dentes.
Ora essa, um bispo italiano não sabe guardar segredos! Confessou em público um segredo que deveria guardar, no caso o dito pelo Francisco a portas fechadas!
O papa não poderia falar como ser humano e de modo informal?
Que diabos esse bispo? Ou bispos?
Como o tema é religioso em termos institucionais católicos, é oportuno terminar o Artigo de hoje com a citação do padre lisboeta que veio morar no Brasil e aqui decidiu viver até morrer, na Bahia. Disse o Padre Antônio Vieira:
“O segredo encomendado à memória corre perigo; o segredo encomendado ao esquecimento está seguro”.
Fases de Fazer Frases (I)
Será que se o dito não for popular é por não ser popularmente dito?
Fases de Fazer Frases (II)
Será que se o dito não for popular, será o Benedito?
Fases de Fazer Frases (III)
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
“Maquero!” Maquero!”, disseram os torcedores do Nacional, domingo retrasado, quando ainda o time daqui perdia para o Foz do Iguaçu, 2X0, sendo que o time visitante tinha começado no segundo tempo a fazer muita “cera”, até mesmo para sair de maca. Então os maqueiros ao chegarem a beira do gramado, literalmente viraram rapidamente a maca, “despejando” o jogador do Foz no chão.
Em tempo, o Nacional empatou o jogo no Roberto Brzezinski
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Por falar em jogo, especificamente em gramado, no último domingo assisti pela internet o Nacional jogando em Apucarana, Estádio Olímpio Barreto, contra o time local, o péssimo estado da grama, repleta de remendos, é incomparável ao do nosso Estádio, em excelentes condições. E não é para menos, o nosso campo recebeu um gramado novo. E que venha o Paranavaí, time que já foi campeão paranaense em 2007.
Farpas e Ferpas (I)
Guarde segredo mas não aguarde para revelá-lo.
Farpas e Ferpas (II)
Quem muito anseia a saber um segredo, desejará mais ainda anunciá-lo.
Farpas e Ferpas (III)
Ditado popular conhecido no Brasil, “Quem fala muito dá bom dia para cavalo”.
Pois bem, quem sabe seja preferível o “bom dia” para ele do que para um burro.
Sinal Amarelo (I)
A prudência não assegura equilíbrio, mas sem equilíbrio não há prudência.
Sinal Amarelo (II)
Quem traça o destino e nada faz, pode ficar jogado às traças.
Trecho e Trecho
“Se ferradura trouxesse sorte, burro não puxava carroça”. [ditado popular].
“Um dia de cada vez, que é para não perder as boas surpresas da vida”. [Clarice Lispector].
Reminiscências em Preto e Branco (I)
Se o futuro pré diz; O passado diz.
Reminiscências em Preto e Branco (II)
“Módico – Impresso fechado – Pode ser aberto pela ECT”. O conteúdo impresso em uma etiqueta da ECT – Empresa dos Correios e Telégrafos, para destacar a palavra módico, expressão que, mesmo não tendo caído em desuso, é pouco utilizada. A etiqueta estava na encomenda de um livro que recebi.
Módico tem vários significados, sendo que no caso mencionado, é econômico. Entretanto, pode ser também: pequeno; exíguo; modesto; moderado; pouco valor; pouco considerável.
José Eugênio Maciel | [email protected]
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