Academia Mourãoense, 20 anos. Letras nas páginas da história
“A imortalidade da alma é uma grande escala por onde o espírito vai
subindo de degrau em degrau até atingir a eternidade
Juahrez Alves
Mais do que existir, a Academia Mourãoense de Letras foi fundada para ser a representação autêntica da nossa cultura literária. Dia 21 de maio a AML completa 20 anos. São duas décadas de uma vertiginosa e ininterrupta trajetória na profusão e valorização literária de todas as artes, sempre presente e atuante.
O lançamento oficial da Academia foi no Teatro Municipal de Campo Mourão, a posse dos Acadêmicos fundadores. Presente naquele acontecimento, como acadêmico fundador da cadeira nº 3, testemunhei a presença de todos os segmentos sociais da nossa gente, um grande público a saudar o nascimento da nossa Academia.
Para se chegar ao dia histórico da fundação oficial, muitas reuniões ocorreram, de pesquisas das biografias pertinentes à história de nosso Município e consequentemente desta região. Encontros que deliberaram uma lista de nomes, posteriormente submetidos ao crivo da comissão de trabalho.
Cabe rememorar, em momento algum existiu qualquer temor, preocupação se a Academia realmente surgiria, tampouco teria breve existência e até mesmo estiolar. Nada disso aconteceu! Pelo contrário, o entusiasmo fora sempre sobejo, altivo e o próprio Teatro repleto, era bem a amostra da envergadura que alcançaria em cada passo, trilhas, descortinar de horizontes.
No nascedouro efervescente foram apresentados os seguintes patronos: Adinor Cordeiro, Constantino Medeiros, Dom Eliseu Simões Mendes, Horácio Amaral, Nelson Bittencourt Prado Nicon Kopko, Aracyldo Marques, Ethanil Bento de Assis, Eloy Maciel e Dickson Fragoso Veras. A ordem não é a alfabética e sim conforme os levantamentos, estudos e análises com deliberação da comissão.
Depois de patenteada o elenco dos fundadores, a comissão trouxe a lume os 10 nomes como os primeiros ocupantes das respectivas cadeiras, também posteriormente do exame esmerado dos nomes, os quais foram definidos conforme votação secreta. Após estabelecidos os nomes dos patronos, foram também eleitos os respectivos fundadores da Academia: Gilmar Cardoso, Elza Paulina de Moraes, Francisco Irineu Brezezinski, José Eugênio Maciel, Oswaldoir Capeloto, Rubens Luiz Sartori, Cida Freitas, Clara Andrade Miranda de Araújo, Amani Spachinski de Oliveira.
Evidentemente os trabalhos prosseguiram e paulatinamente novos acadêmicos passaram a integrar a AML, consequentemente a protagonizarem o desenvolvimento e mais substancial conteúdo da Academia, sua história e a permanente dinâmica da atualidade.
Se representativa foi a comissão que estabeleceu critérios para estudos, análises e todos os atos preparatórios, se também foi magna a posse dos primeiros acadêmicos em um Teatro jubiloso, toda a existência da Academia foi, tem sido e certamente prosseguir sendo, é de desafios e realizações.
A cada nome definido como fundador e a cada acadêmico aprovado, convidado, empossado e integrante da AML, possui e terá a vibrante, calorosa acolhida, a união e reunião dos imortais.
A Academia Mourãoense de Letras transcende os capítulos, todos eles o registro da sua solene fundação. Já não são apenas um bem escrito livro literário.
É possível afirmar, cada ato e fato da Academia é página da sua viva e fecunda existência. Cada década é um volume. Os 20 anos da AML são representados em dois volumes, cada qual contém um livro que corresponde a uma década.
O ser e o existir é um pulsar de vocação, evocação e feitura dos acadêmicos, na prosa e na poesia, daí o sentido maior da união, reunião de todos, pois todos são academia, são literatura deste querido lugar, a imortalidade contida na obra e vida dos acadêmicos.
Fases de Fazer Frases (I)
É com palavras que se faz o texto. Mas o texto não é só palavras.
Palavras têm sentido. No texto elas têm e (e)levam a sentimentos.
Fases de Fazer Frases (II)
Escrever talvez não seja meu ofício. Não é meu ócio. Tudo é artifício.
Olhos, Vistos do Cotidiano
Quando da inauguração da belíssima Escola Municipal Gurilândia, ter sido lembrado (fui secretário da educação e cultura de Campo Mourão) pelo prefeito Tauillo Tezelli, o ex e atual deputado federal Rubens Bueno e pela secretária municipal Tânia Aparecida Caetano Pinto Silveira. Agradeço as elogiosas palavras!
Farpas e Ferpas (I)
Letra corrida não é apenas para quem tem pressa.
Farpas e Ferpas (II)
Uma palavra fere. Imagine um dicionário.
Reminiscências em Preto e Branco
Relacionando ao tema principal da Coluna de Hoje, os 20 anos da Academia Mourãoense de Letras, tenho uma natural relação com todos os patronos (que só poderia ser nomes já falecidos). Pois é, conheci todos eles pessoalmente, e boa parte deles foram meus amigos, independentemente da idade e circunstâncias.
A começar evidentemente pelo meu pai Eloy Maciel, acadêmico patrono, e por intermédio dele fui apresentado e conheci os demais cito apenas o primeiro nome, já que a lista está acima nesta Coluna: Adinor, Dom Eliseu, Horácio Amaral, Constantino, Nelson, Nicon, Aracyldo, Ethanil e Dickson.
Em minha memória, tanto a afetiva quanto dos fatos, continua nítida a relação com cada um deles. Creio ser o único a ter tamanho e honrado privilégio.
José Eugênio Maciel | [email protected]