Defronte com a fonte

Quem sabe, muitas vezes não diz. E quem diz muitas vezes não sabe.

Máxima do jornalismo investigativo

            Todos querem ser, ter e saber da verdade. Até parece mentira, mas o contraditório é que todos – muitos? maioria? minoria? – servem como meios para a passarem adiante o que é mentira ou uma verdade incompleta.

            Notadamente na rede mundial de computadores, a velha e cada vez mais nova internet é território vasto e fértil a infinita quantidade de propagação, desde a mais nociva e engendrada intenção da proeza de arquitetar uma bela mentira vestida com a linda verdade. E todos e tudo têm o próprio blogue, cada um com autofalante a gritar propagandeando o que bem quiser. Basta ter, criar e vincular uma notícia e cada um se intitula jornalista.

            Evidentemente que a generalização seria um pecado, afinal existem sim excelentes e bons jornalistas, assim como blogueiros.

            Cada qual com a sua lanterna a mão e em meio à escuridão, só acham que acharão a verdade com o iluminar da própria lanterna, a dos outros parece não ter valia.

            O jornal Folha de São Paulo lançou recentemente novo conteúdo editorial com o compromisso de verificar o que de fato é fato, checar a verdade por intermédio de um filtro que promete tirar e retirar o que seja invencionice, boato. Se um dos mais importantes veículos de comunicação impresso e da era digital, a Folha tem grande tradição conquistada pela credibilidade de uma empresa, da seriedade dos seus jornalistas e da relação que tem com os leitores, assinantes ou não.

            Em meio a tantos e quantos meios de comunicação como assegurar que a notícia ou outro fato é mesmo a verdade?

            Conhecer as fontes. A palavra fonte significa a água que brota viva da terra. O jornalismo adotou fonte como água cristalina, límpida e sem, portanto, com a terra de onde ela brota. Fontes são referências constituídas de pessoas que têm conceito nas suas áreas de formação e como se integram à sociedade. São também fontes as enciclopédias, a literatura, as ciências em todos os seus campos do saber.

            Embora pensem que têm a própria lanterna, e pode ser verdade, mas o que ela ilumina também depende da direção e alvo que cada um determina. E experiência é saber olhar o que a lanterna clareia, mesmo que a lanterna não seja a própria.

            E por falar em fonte e jornalismo, o mais antigo jornal do Paraná anunciou que a edição impressa já morreu. A Gazeta do povo só existirá em digital. Será mesmo que é uma aposta na inovação? Ousadia?

A ponderação, cabe salientar, é que ela criou ou comprou jornais impressos e deu o fim neles todos bem antes da era digital ser palpável, assim desapareceram O Estado do Paraná; Tribuna do Paraná e Jornal de Londrina. Aliás, o Jornal de Londrina foi criado para, mais do que concorrer com a Folha de Londrina, a intenção era liquidar com o jornal londrinense, e o grupo da Gazeta foi além e, desesperadamente passou a vender os exemplares a preços simbólicos e depois distribuí-los gratuitamente. A estratégia foi uma aposta alta que contou inclusive com mensagem publicitária na RPC, leia-se Rede Globo no Paraná. O londrinense e grande parte dos paranaenses têm na folha uma identidade e patrimônio que continuam fortes.

Fases de Fazer Frases (I)

            Palavras dizem o que não se quer dizer, escritas e não lidas.

Fases de Fazer Frases (II)

            Não espantem os pássaros! Esperem que voem. Pousarão humana imaginação.

Olhos, Vistos do Cotidiano

            O desrespeito ante o consumidor, também qualificado como cliente, transborda em estupidez. Atendo o telefone fixo de casa e a operadora OI vai logo me comunicando do novo plano, que já entrou em vigor. Pela primeira vez resolvi interromper. Eu, assinante, não fui consultado em momento algum, tenho que passivamente receber o que já está determinado? Desliguei.

Reminiscências em Preto e Branco

            Relógio para. Tempo não. Espera vem. Esperança vai. Noite adia. Dia foi.