Despedida
“Toda despedida é dor….Tão doce todavia, que eu te diria
boa noite até que amanhecesse o dia”.
William Shakespeare
É próprio do ser humano ter que se despedir. O pior seria não ter uma despedida sequer. Despedidas ditas corriqueiras integram o cotidiano. Entretanto, são caminhos de pegadas, direções, rumos que se cruzam ou levam a outras estradas. Como também não mais permitirão o regresso a muitos outros caminhos.
A despedida do Fred na semana passada, jogador que vestiria pela última vez a camisa do Fluminense, foi apoteótica. Tão importante que recebeu homenagem até de um time onde nunca jogou, rival do tricolor, o Vasco da Gama. A vibração da torcida a reconhecer com orgulho o artilheiro, ídolo que já faz parte da bela história do time.
E sabe como é, caro leitor, uma despedida nos leva a uma outra, mais outras, trazendo às tonas recordações marcadas por despedidas que se tornariam únicas, marcantes. Quando a emoção faz brotar lágrimas que são ao mesmo tempo de alegrias e de tristezas, por serem assim as despedidas.
Tão maravilhosas que são lembradas pela história, não se apagam, estão, por exemplo, numa placa, na parede, estátua, monumento e nas imagens que o tempo retrata como eternidades, renovadas e revigoradas através de emoções.
Quando da morte do Sócrates, o Corinthians conquistara mais um título, bandeiras gigantes traziam o rosto do doutor, jogador memorável, exemplo também de ética como cidadão. Um último adeus, que não foi inteiramente triste, pois o orgulho do time permite a alegria de qualquer lembrança dele.
Como torcedor do Internacional, a despedida do argentino naturalizado brasileiro D’Alessandro, estádio lotado a ovacionar um dos maiores ídolos da história colorada. Magnífico, claro um sentimento particular. Mas rememoro a do grande goleiro Marcos, um carisma que mobilizava todos os palmeirenses, ele foi fundamental para os títulos conquistados. E ainda por falar no Palestra, recentemente o Felipão sendo homenageado (hoje técnico do Athlético Paranaense) pelo título da Libertadores, quando os times jogaram pelo campeonato brasileiro.
A rivalidade ATLETIBA jamais impediu torcedores e clubes de reconhecerem os craques do rival, foi assim com Alex do Coxa, e infelizmente da recente morte do goleador Sucupira, atleticano. .
Ter um estádio repleto, uma torcida que sabe reconhecer os seus ídolos e homenageá-los a altura, é exemplar, mais do que a história, a inspiração para novas conquistas no futebol brasileiro, cultura de nossa gente.
Fases de Fazer Frases (I)
Mais do que o tempo, marcas são destinos.
Fases de Fazer Frases (II)
Pensamento flui. Ação influi.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Existem contradições tão absurdas e abismais que uma anula a outra por completo. Exemplo, tem quem seja contrário a qualquer tipo de aborto, “por tirar a vida de alguém, é crime”. Porém, são os mesmos que defendem a pena de morte. Outro exemplo, aqui já demonstrado, tem a ver com os defensores da causa animal, que não admitem maus tratos, porém tem quem coma carne. Não carece explicar a contradição.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
E não é que um homem estava praticando ato sexual com uma égua! Foi em Barbosa Ferraz, ele foi preso quando ainda estava com a calça arriada.
É zoofilia, quando pessoas tem práticas sexuais com animais. O “que diria” a égua para o burro do homem?
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
Quando parecia um quadro praticamente definido, ao menos momentaneamente, eis que a política no Paraná, momentaneamente, está indefinida quanto a nomes e apoios na disputa ao Senado e ao Palácio Iguaçu. É que o ex-juiz Sérgio Moro anunciou que concorrerá para Senador (pelo União Brasil), podendo tirar a tranquilidade do atual e candidato a reeleição Alvaro Dias (Podemos). Dias diz que se manterá na disputa, mas admite disputar o governo.
O atual governador Ratinho Massa (PSD) poderá apoiar Moro. Mas Ratinho teria problemas com Bolsonaro, candidato a presidente e que não quer ver Moro de modo algum. E não é só o presidente, quem não quer ver o ex-juiz é o PT, que mandou o Lula para a prisão.
É, nem todo candidato é candidizado.
O certo é que o eleitor paranaense, em sua grande maioria, ainda nem pensa nas eleições, marcadas para daqui a quatro meses.
Farpas e Ferpas (I)
Nem toda invenção é criativa, mas toda criação é inventiva.
Farpas e Ferpas (II)
Quem tem tempo para pensar nem sempre pensa com o tempo.
Reminiscências em Preto e Branco
O Brasil tem muitas contradições, também do tipo verdade/mentira e mentira/verdade.
As eleições deste ano é tanto falatório para a presença dos militares, sendo até consultados sobre as urnas eletrônicas.
O que é afirmação absolutamente verdadeira e evidente sobre os militares é que eles em sua grande maioria não entendem nada de voto. Foram eles que acabaram com as eleições quando deram o golpe militar e civil. Ficamos 21 anos sem votarmos para presidente. E a volta da democracia foi fruto do movimento social e político que se alastrou pelo país, e o poder verde-oliva, cedeu para não perdê-lo.
José Eugênio Maciel | [email protected]