Disparo acidental?

“Os acidentes são acidentes apenas para os ingênuos”
George Santayana

“Menino de três anos é baleado no olho em disparo acidental”, foi a manchete deste Jornal na segunda-feira passada. Aconteceu em Iretama, a criança está internada na Santa Casa de Campo Mourão em estado gravíssimo. O homem que manuseava a arma está foragido.

A palavra fatalidade significa um fato que não se pode evitar, ou seja, é um acontecimento imprevisível, de força maior. Quanto a acidental, a expressão é clara, é o eventual, casual.

Em princípio, um acidente sendo ele casual, pode ser classificado como fatalidade, sobretudo quando não se tem absolutamente a intenção de causá-lo por parte de qualquer pessoa.

Caso seja encontrado ou se apresente, o homem ainda foragido evidentemente que terá todo o direito de prestar depoimento. Porém, alegar ser um acidente, uma fatalidade não exime de uma culpa, da responsabilidade.

Ele agiu com negligência e imperícia ao manusear uma arma na presença de uma criança, certamente curiosa atraída pelo fato. Assim sendo, contribuiu diretamente para causar o dano que causou, ao atentar contra a vida da criança, mesmo que sem a intenção, tratando-se de uma culpa objetiva.

O noticiário está repleto de notícias assim. Como também existem informações com recomendações para que armas não estejam ao alcance de crianças.

Ademais, não se deve brincar com armas, como apontar para alguém apenas para assustar, pois ocorrem disparos considerados acidentais, mas que a atitude foi irresponsável.

Coincidentemente, no mesmo dia da publicação da notícia acima, dia nove, outro fato foi registrado por este Jornal sobre armas: “Homem é preso por disparo com arma de fogo e embriaguez ao volante em Campo Mourão”. Foi na comunidade Alto Divino. Uma denúncia anônima à Polícia Militar resultou em perseguição, o autor do disparo tinha fugido, mas foi localizado e assumiu ser o dono da arma, porte ilegal.

Com armas não se brinca. É preciso toda uma preparação psicológica, ter efetivamente bons antecedentes e provar a real necessidade de precisar portar armas. O contrário possibilita a estupidez dos imbecis se metendo em confusão e mesmo tragédias que não poderão, de modo algum, serem considerar “fatalidades”.

Fases de Fazer Frases (I)

Mente humana não tem limites, mas obstáculos.

Fases de Fazer Frases (II)

Amizade é afeiçoar-se sem disfarce.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

O Bolsa Família foi cancelado para 1.194 famílias brasileiras, devido a uma situação que chama a atenção. O cancelamento do benefício é por causa das eleições municipais. Os então beneficiados foram eleitos para os cargos de prefeito, vice e vereador.

Nem é preciso afirmar que eles estão agora recebendo uma alta remuneração por si só e quando comparada ao auxílio. Entre eles, sete prefeitos, 19 vice-prefeitos e 1.168 vereadores. No Paraná 32 deixaram de receber o Bolsa Família.

Será que usaram todo o dinheiro do benefício para propaganda eleitoral? E será que espontaneamente pediram o cancelamento?

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

“Descanse em paz”, expressão comum nos jazigos, não está sendo respeitada nos cemitérios. Uma onda de roubos e furtos na região, Araruna, Campo Mourão e Peabiru, situação também nos cemitérios de Maringá e Sarandi. Evidentemente a população está revoltada, notadamente os familiares.

Provavelmente não é mera coincidência, mas uma onda praticada pela bandidagem que deve ter quem compre prata e bronze.

Não é por esse motivo que registro o fato, mas a verdade é que o túmulo da minha família também teve os nomes e dizeres arrancados. Só ficou o do meu pai Eloy Maciel.

No caso do Campo Santo São Judas Tadeu de Campo Mourão, a prefeitura anunciou que redobrará a vigilância e colocará câmeras.

Farpas e Ferpas (I)

O que é dado, causa mais inveja do que o conquistado.

Farpas e Ferpas (II)

O raciocínio também ensina a pensar.

Farpas e Ferpas (III)

Quem só vai por atalhos desconhece caminhos.

Sinal Amarelo (I)

O livre arbítrio arbitra livremente?

Sinal Amarelo (II)

Troque olhares, sem perder o seu.

Trecho e Trecho

“A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande”. [Roger Bussy-Rabutin].

“Já sei olhar o rio por onde a vida passa”. [Ana Carolina – Pra Rua Me Levar].

Reminiscências em Preto e Branco (I)

A verdade não envelhece, amadurece.

Reminiscências em Preto e Branco (II)

A memória é um achado por vezes perdido entre outras recordações.


José Eugênio Maciel | [email protected]

* As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do jornal