Máscara de cada dia nos dai hoje
“Nós somos, em nosso mundo real e cotidiano, muitas vezes semelhantes às máscaras da Comédia e da Tragédia, rindo por fora, uma careta de dor por dentro”.
Stephen King
O velho ditado é atual, novíssimo, é preferível prevenir a ter que remediar. Ainda não temos o remédio, a cura precisa que destrua o vírus e ponha fim a pandemia. O remédio que já está faltando é hospital, respiradores, profissionais da saúde em número suficiente.
A prevenção está ao alcance, simbolizada pela máscara, notável no nosso cotidiano. Antes a máscara do que ser entubado, tendo o aceno da morte ao paciente.
Na estrita necessidade que tive, por algumas poucas horas, saí da “caverna” da quarentena. Já no trajeto até o banco, mercado, farmácia, fui observando nas vias e filas mourãoenses, pessoas de máscaras.
Naquela última segunda, véspera de feriado, me vinha à imagem dos bailes de máscaras, notadamente carnaval.
Seria difícil saber quem somos? Ou o desejo de ser? Com ou sem máscara?
O som das voz é diferente, o rosto é metade encoberto.
Somos diferentes só fisicamente, ainda que nossos comportamentos individuais e coletivos se adaptem ao valor da vida e ao medo da morte.
Com máscaras somos diferentes. Não devemos é ser indiferentes.
Na fila do banco, pés no x da calçada, baile e balé de máscaras.
Não pude escutar o som musical nem se todos sabiam o motivo da dança.
Fases de Fazer Frases (I)
É preferível ter caminho e não ter direção.
Fases de Fazer Frases (II)
Tudo pesa mais e amais o que não podemos carregar.
Fases de Fazer Frases (III)
O depois? Ora pois? É o que pões?
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Um acento muda tanto que uma palavra, com o seu respectivo significado, deixa de ser uma para se tornar outra, bem diferente.
É o caso de Máscara e Mascara. A pandemia do vírus trouxe, mais do que a palavra, o uso (objeto) obrigatório dela. Máscara é “artefato que cobre o rosto”. No entanto, se for retirado o acento, é outra a palavra e é outro o significado: mascara é “mastigara, ruminara”, do verbo mascar.
Na gíria do futebol mascarar, ser mascarado, é enfeitar, encenar, propiciar jogadas sem necessidade ou fingir dor e forçar uma falta.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Sigo a quarentena com vigilância redobrada por fazer parte do grupo de risco, hipertensão e diabetes. Escrevo a Coluna de casa, como antes fazia. Tem dia que só saio literalmente de casa para pegar o exemplar do jornal no gramado ou calçada, dependendo da mira do eficiente entregador.
Farpas e Ferpas
Temas a coragem demais.
Reminiscências em Preto e Branco (I)
Ponho, tiro acento a diferenciar: aniversário e aniversario, último dia 20 o meu.
Reminiscências em Preto e Branco (II)
Presente em nosso cotidiano mundial e local, tema que predomina hoje nesta Coluna, a palavra máscara tem duas origens: do latim mascus; e do árabe maskharah. O significado latino e árabe são respectivamente: “fantasma; e “palhaço”. Como linguagem cênica tão antiga quanto atual, usada como representação e símbolo persona.
Reminiscências em Preto e Branco (III)
Nem seria o caso de escrever, pois o caro leitor tem senso crítico para associar máscara com relações pessoais e interpessoais com características de hipocrisias, falsidades, encenações de colocar e tirar máscaras. Cada qual como seu arsenal de tipos e modelos de máscaras.
José Eugênio Maciel | [email protected]