Ministrar fora ou acima da Lei?

“Exclusivo: bancado por advogado, ministro do STF vai
de jatinho a Paris para a final da Champinhons”.
Jornalista Rodrigo Rangel – Jornal Metrópoles

Na fábula de Esopo, A Raposa e o Corvo, o Corvo estava no alto de uma árvore pronto para comer um queijo que tinha no bico. A Raposa observava a cena, disposta a comer o queijo. Ela usou a artimanha do elogio, afirmando a beleza daquele pássaro, e, segundo ela, deveria o Corvo ter o canto mais belo da floresta, incomparável. O Corvo ficou logo envaidecido que cantou. Abriu o bico, derrubou o queijo rapidamente abocanhado pela Raposa ao pé da árvore.

Moral da história: é para sempre desconfiar dos bajuladores, eles tem interesses que não revelam. Desejam engambelar pelas armadilhas. Tão rápido satisfazem interesses, ou sem mais o poder de alcançá-los, a Raposa virará as costas.

A fábula se aplica ao ministro que tem pouco tempo no Supremo Tribunal Federal, Kássio Nunes, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

E já é notícia escandalosa, o ministro fez turismo ao assistir as finais da Champinhons League e a partida de tênis de Roland Garros. A estada do ministro em Paris e Mônaco, quando deveria trabalhar (mas aí, vá lá), na Europa foi com jatinho particular, custo de pelo menos 250 mil reais.

Quem bancou a viagem? Foi o advogado Vinícius Peixoto Gonçalves, um dos proprietários do avião de luxo.

O ministro Kássio é o Corvo e o advogado Vinícios a Raposa. Gentileza, amizade, altruísmo? Não. A Raposa Vinícios tem processos no Supremo é quer comer o queijo que estaria, ou não está mais, na boca do Corvo Kássio.

O fato foi publicado no Jornal Metrópoles no último dia 17. O ministro tentou negar mas o jornalista Rodrigo Rangel manteve o conteúdo da notícia.

Sem dúvida tratam-se de conflito de interesses, previstos na Lei n° 12.813/13, inciso I, artigo. 3º, quando o agente público influencia de forma indevida o desempenho de sua função em prejuízo do interesse da sociedade.

A Raposa advogado espera – se já não – abocanhar o queijo do Corvo ministro.

É oportuno citar o que diz a escritora Ayn Rand: “Quando observares a corrupção a ser recompensada e a honestidade a converter-se em autossacrifício; então poderás constatar que a tua sociedade está condenada”.

Fases de Fazer Frases (I)
Tudo é como, menos a fome.

Fases de Fazer Frases (II)
Tudo é esperança, menos a morte.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Um ministro por ano é a média do governo Bolsonaro na Educação. E todos estavam envolvidos pela própria incompetência, somada a do governo federal, tiveram que cair fora. O penúltimo deles, Milton Ribeiro foi preso na última quarta.

Não só a “cara”, mas todo o corpo e mais um pouco do presidente, quando afirmou na posse do então novo ministro, “eu boto a cara no fogo”. Além da troca constante, a educação brasileira é penalizada por não ter uma política de ensino exequível e a pasta foi entregue a pastores inescrupulosos.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
A Petrobras não sai do noticiário, comumente é manchete, devido ao aumento do preço de combustível. O interesse político-eleitoral contamina o que deve ou deveria ser o correto no governo Bolsonaro.

Mas é preciso ressaltar que o candidato e ex-presidiário Lula (PT) não pode falar nada a respeito, já que no governo dele ocorreram os maiores escândalos de desvios do dinheiro daquela estatal. Dinheiro vivo foi tanto que não tinha como negar e foi devolvido à Petrobras. Claro, aquele apanhado em flagrante.

Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
O caro leitor concorda que o Arthur Lira é foda? Ao menos é o que acha o próprio Lira, presidente da Câmara dos Deputados (progressistas). É em Alagoas cartazes divulgam os feitos do deputado, “Diz Aê, Arthur Lira é foda”, manchete do Jornal Poder 360, semana anterior. Foda é o povo que vota, ou deixa de votar?

Olhos, Vistos do Cotidiano (IV)
Na Coluna anterior, ao comentar o repasse de 80 mil e 200 reais repassados pela Associação dos Engenheiros Agrônomos, arrecadados pela tradicional Festa do Costelão, não foi citado, por esquecimento, o CTR – Comunidade Terapêutica Redenção, que também recebeu dinheiro da mencionada festa.

Olhos, Vistos do Cotidiano (V)
Crítica com bom humor e imagens que não deixam dúvidas, notadamente Como Não Estacionar é sempre destaque no Sítio Boca Santa quando se trata de comportamento anticidadania. Quinta anterior mostrou dois carros vermelhos, um deles tomava conta da calçada sem deixar espaço para o pedestre. Foi no Jardim Veneza, mas é prática muito comum em Campo Mourão, vergonhosa.

Olhos, Vistos do Cotidiano (VI)
Recém-inaugurado o Parque Municipal João Teodoro de Oliveira, o prefeito Tauillo Tezelli (Cidadania) retornou ao local junto as Polícias Civil e Militar devido ao vandalismo no local. É o ditado, “mente vazia, oficina do diabo”.

Farpas e Ferpas (I)
“Pra morrer basta estar vivo”, é o ditado. E para viver basta não estar morto?

Farpas e Ferpas (II)
“Não ponha palavras na boca dos outros”, é o ditado.

Ponha logo um dicionário.

Reminiscências em Preto e Branco
O tempo é um só, o relógio divide.

José Eugênio Maciel | [email protected]