No Horizonte nasce uma nova escola

“Importante na escola não é só estudar, é também criar laços de amizade e convivência”.
Paulo Freire

    São 14 salas de aula, além de uma de multiuso e outra ambiente, laboratórios, refeitório, ginásio esportivo coberto, casa para o zelador, estacionamento, jardim, ambiente administrativo e pedagógico, distribuídos em mais de três mil metros quadrados, dois pavimentos. O Colégio Estadual Novo Horizonte foi inaugurado na última quinta-feira pelo governador Ratinho Júnior.
    Há mais de uma década que Campo Mourão não recebia do governo estadual um estabelecimento de tamanho porte. E o mais importante e sem desmerecer os demais bairros de Campo Mourão, o fato é que a nova escola representa um grandioso alcance e avanço sociais, notadamente educacional e cultural, para o Jardim Santa Cruz e demais bairros no entorno.
    Há 21 anos o Colégio Novo Horizonte funcionava no mesmo prédio da Escola Municipal Professor Ethanil Bento de Assis. No espaço limitado, transtornos contornados, a não ser um e bastante sério, o Ensino Médio noturno não atendia a toda demanda de nossos jovens, obrigando-os a se deslocarem até o centro ou mesmo não poderem estudar. Agora, ao invés de apenas três turmas completas, o Colégio dispõe de 900 vagas.
    O relato histórico e o enaltecimento do novo Colégio foram feitos pela dedicada diretora Sandra Regina Alves, “é imenso o orgulho de estar aqui hoje. Comecei a trabalhar neste Colégio em 2005, quando conheci o diretor Anésio Cardeal, que iniciou como diretor em 1995”. Ao finalizar, ela enfatizou e agradeceu o apoio dos professores, funcionários, estudantes, pais e a comunidade.
    Para dar uma noção do merecimento da obra entregue, os estudantes raramente faltam as aulas, respondem positivamente ao ensino ministrado e as diretrizes pedagógicas. Os pais se envolvem plenamente no estímulo e acompanhamento de seus filhos, tomam iniciativas e respaldam as ações do Colégio. A diretora sempre registrou cada fase da obra, desde a preparação do terreno, a chegada do material, as paredes sendo erguidas, o descarregamento dos equipamentos, todos sabiam pelo grande número de fotos e comentários, enfim, do preparo do solo, a semente, a raiz e os agora frutos. 

Fases de Fazer Frases (I)
    Na escola da vida, dá vida a quem tem escola.

Fases de Fazer Frases (II)
    Ali são.
    A lição.
    Içar e alçar o saber.

Fases de Fazer Frases (III)
    A experiência não é o tempo. Ela vem com o tempo.

Fases de Fazer Frases (IV)
    Não é para acentuar o assento. Só sente sem acento.    

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
    Caminhando na calçada da avenida Irmãos Pereira, chegando na esquina da rua Santa Catarina, uma mulher anda de mãos dadas com duas crianças, quando a menina, cerca de sete, oito anos, aponta para a placa que indica o nome da via, e indaga: “mãe, por quê esta rua se chama Santa Catarina?”. Sem saber, a mãe olha para o prédio de esquina, sede do bispado da Igreja Católica e responde: “ali mora o bispo e então para homenagear a Igreja deram o nome da rua de uma Santa”.
    Uma dedução que contém de certo modo uma lógica, mas de premissa falsa. O nome da referida rua homenageia o Estado de Santa Catarina, assim como outras ruas paralelas a ela levam o nome de outros estados. 

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
    Como o tema principal é escola, e sobre calendário escolar, rememoro o então governador Roberto Requião (2006-2010). Ele não aceitava os feriados municipais, tendo obrigado os órgãos estaduais, inclusive a rede pública escolar, a funcionarem no feriado de aniversário do município. Não foi só a antipatia que demoveu o governador papalvo, mas sim o respeito à lei.
    Faz sentido tratar do tema, pois foi com surpresa que um dos colégios me informou que seria aplicado falta para mim no dia do feriado municipal de Campo Mourão. Depois declararam que o Núcleo é que faria automaticamente a correção. Calendário lendário

Farpas e Ferpas
    Cuide da aparência, pelo menos, aparente que cuida.

Reminiscências em Preto e Branco
    Ela tinha uma notável vocação pública e muito especialmente foi predestinado para dirigir os destinos de sua querida Nova Cantu. Foi prefeito por duas vezes – 1973-1977 e 1983-1988 – Walmick Pereira era uma figura muito querida, pessoa humilde e de grande sabedoria, administrou o Município com eficiência e seriedade. Sempre quando estava na casa dele ou na prefeitura, eu era recebido efusivamente, a prosa fluía com simpatia. Não é apenas a esposa Edna e demais familiares que perdem, é a comunidade toda que tristemente dele se despediu, dia 20 de outubro. 

José Eugênio Maciel | [email protected]