“Onde foi que errei?”
“Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida;
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar”.
Gonçalves Dias
“A mãe te dá dinheiro pra você não roubar. Mas você ainda vai e rouba os outros? Deus me perdoe falar assim, mas você não precisava roubar ninguém. A gente dá tudo pra este cara aí…”
Tais palavras foram ditas por um pai, ele estava falando do próprio filho apanhado após perseguição policial, o filho estava ferido na tentativa de empreender fuga logo após roubar um veículo e atirar contra policiais, que revidaram.
O fato ocorreu semana passada no litoral de São Paulo, Guarujá. Profundamente triste e indignado, o sofrimento do pai comovido, também comove, ficando evidente que ele e a mãe jamais desejariam, o filho ser criminoso.
Na imensa tristeza e vergonha o pai precisou ser contido, várias vezes ele demonstrou a intenção de dar uma surra no filho, o que foi evitado pelos policiais.
“Onde foi que eu errei?” é uma expressão tão conhecida que praticamente já foi ouvida mais de uma vez, é a fala das mães, é a fala dos pais.
Ainda que se possa averiguar e chegar à conclusão que os pais deram a devida educação para os filhos, ainda assim eles se sentem culpados. É uma manifestação de amor às avessas que geralmente leva os pais a se manterem ao lado dos filhos. Exemplo disso é o dia de visitas nas prisões, estão lá as mães, carregando o peso, sofrendo junto e mais do que os filhos encarcerados.
Os filhos refletem a educação recebida dos pais. Porém, filhos não assimilam tudo o que foi ensinado a eles. Até mesmo a escola da vida ensina, por vez contrariando os pais.
É comum e evidente os pais assumirem todos os próprios erros da educação que proporcionaram a seus descendentes. Sequer aceitam atribuir a culpa que assumem ter, ao não aceitarem dividir com o mundo essa mazela. E, quando muito, atribuem os erros dos filhos a chamada má companhia.
O certo é que, o não educar é o pior, omissão que trará consequências negativas que sequer esperarão ocorrer na vida adulta.
Sem abandonar os filhos nas piores situações, pais sofrem muito, sendo mais duro ainda reconhecerem que o filho está na prisão por de fato ter culpa. É o coração dos pais que sangra.
Fases de Fazer Frases (I)
A bagagem não depende do destino.
É o destino que depende a bagagem.
E eles dependem da pessoa a qual se destina.
Fases de Fazer Frases (II)
Tudo leva tempo.
Tudo toma tempo.
Tudo eleva e torna tempo.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Elas são diárias, mortes devido ao corona vírus, neste mês com tendência a uma morte por dia em Campo Mourão, situação geral no Paraná. Enquanto a Covid-19 se espraia numa velocidade elevada e letal, as vacinas se mantêm em ritmo lento.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
A CPI do Senado continua, para apurar sobre a vacina. Depoimentos se sucedem. Mas, pelo senso comum, do próprio brasileiro, o fato é que todo esse atraso das vacinas e consequentemente da vacinação, gerando mortes que não param de ocorrer, situação que o próprio brasileiro vivencia e é vítima da irresponsabilidade do governo federal.
Entretanto, é necessário sim apurar responsabilidades, urgentemente.
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
O galo acusado de perturbar o sossego de um vizinho em Ivaiporã, inclusive a ave levada até a delegacia, continua repercutindo Brasil afora. O interesse é tanto e compressível no aspecto do próprio interesse em si, é notícia que ganha espaço e suaviza momentaneamente as tristes notícias de mortes, mais casos relativo à Covide-19. É mesmo para descontrair, sem ser alienação ou descaso para com o vírus.
Farpas e Ferpas (I)
O poder do querer nem sempre é o querer é poder.
Farpas e Ferpas (II)
O homem paga mais o preço do que ele quer ser do que é?
Reminiscências em Preto e Branco
“Dói mais em mim ter que bater em vocês!” – tristemente dizia a minha saudosa mãe Elza. De tanto ouvir ela a dizer para os filhos, eu questionei a minha mãe, “como dói mais na senhora se somos nós que levamos as chineladas?!. A resposta dela foi imediata, levei mais chineladas.
José Eugênio Maciel | [email protected]