Outros patos

Em meio à enchente/Criança refaz sorriso/Com barco de papel.

Sandro Sansão

 

Estávamos nós três com os nossos saudosos pais na chácara da família. Nos quatro alqueires a metade da área era mata cercada para preservação intocável, como o pai queria. Tinha açude, roda d’água, pomar, horta, criação de animais (suíno, bovino e aves).

Numa dessas tardes, Enio, o caçula, Euro, o penúltimo e eu, os três últimos de uma safra com 12(!), observávamos o seu Eloy abrir a torneira para encher d’água a piscina feita para os patos. Patos com espaço só deles, então a contar com a nova benfeitoria, (como gostam de nadar!).

Bem antes de encher, logo nós três, na maior cara de pau, pedimos ao pai para nadar, inaugurar o que na nossa imaginação era uma imensa piscina!

A mãe Elza interveio, piazada, é para os patos… onde já se viu…! O pai sorri e diz,  apontando para nós: podem nadar aí, seus patos! – e nós: ti bum! Só paramos quando escureceu, hora de ir embora.

Recordar tal fato que se aproxima dos 40 anos, o sorriso afetuoso do pai apenas é uma das muitas lembranças da nossa meninice,  que tinha bronca, puxão de orelha, chinelada na bunda, mas que foi pródiga de generosidade dele e da mãe. Junho faz 20 anos que seu Eloy virou saudade, deixando um legado de ensinamento e orgulho. Obrigado! 

Por falar na ave doméstica de bico chato, qual a origem do ditado: quem paga o pato!? Resposta mais abaixo, no Reminiscências.

Fases de Fazer Frases (I)

Nada é tudo, perdido. Perdido tudo, é nada.

Fases de Fazer Frases (II)

Enlatar ou entalhar, o que deles se pode detalhar

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

Até quando essas vagas serão suficientes? Vão cortar todas as árvores?, discursou o estudante de engenharia ambiental da UTFPR, na última segunda-feira, no uso da tribuna na Câmara de Vereadores, sobre mais uma derrubada de árvores, no centro de Campo Mourão para aumentar espaço de estacionamento. 

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

Ely Rodrigues e Sid Sauer, dois dos nossos mais críticos importantes comunicadores registraram o fato. O primeiro ao mostrar foto de Maringá, onde lá foram feitas obras para elevar o número de vagas de estacionamento, sem cortar árvores. E Sid informou (com fotos também) e manifestou enorme tristeza pelo corte de mais árvores. 

Olhos, Vistos do Cotidiano (III)

No mesmo ponto da avenida Capitão Índio Bandeira derrubar árvores não é inédito. Elas foram arrancadas impiedosamente na calçada do Colégio Vicentino Santa Cruz, e, é claro, permitiu a visão da fachada do prédio, sem sombra alguma. Agora como à época plantaram árvores bem pequenas.. nem carece explicar.  

Olhos, Vistos do Cotidiano (IV)

Quando da presença dos professores estaduais em greve e que ocuparam o plenário da Assembleia, o presidente Ademar Traiano declarou que cobraria o ressarcimento do dano causado. Quanto a acusação do deputado estadual pastor Edson Pracyk (PRTB) ter funcionários fantasmas (mulheres de outros pastores) que repassam o dinheiro do salário para uma assessora do parlamentar (ele se negou a responder à RPC TV), o presidente vai cobrar? 

Reminiscências em Preto e Branco (I)

O sentido do ditado quem paga o pato?, ave citada no tema principal da Coluna hoje. É assim que lembro: um camponês vendia patos e ao passar próximo a janela de uma senhora, ela indagou quanto custava o pato. Sem dinheiro, ela propôs pagar com favores sexuais. O vendedor concordou. Em dado momento (seria em momento, dado?) ela achava ter pago o suficiente, mas ele não. Vestidos novamente, a discussão prossegue até chegar o marido dela, que escuta: quem paga o pato? Foi o marido quem pagou, sem saber se de fato o pato já tinha sido pago, ou não. 

Reminiscências em Preto e Branco

Na gíria brasileira, ser pato é a pessoa fácil de enganar. Caiu como um pato é ingenuidade.