Palavra, sabe quem não ignora

“[…] O conhecimento das palavras e a ignorância da Palavra.
Todo o nosso conhecimento nos leva para mais perto da nossa ignorância. […]

T. S. Eliot

É impossível ignorar uma única palavra, não sabê-la por inteiro. Diante dela, ciente que a desconhecemos o que ela diz, significa: A palavra, ao não ser mais ignorada, consequentemente já não mais existe o leitor ignorante diante ela. 

A primeira reação inerente do aprendizado é desejar e buscar o saber. 

Antes de alcançar o conhecimento, quem tiver sede de saber, já não mais se encontrará só e nas trevas. Será dissipada a solidão pela luz própria. É a luz que encontrará e alumiará a palavra, conhecendo-a a partir dela em si, a acepção, o contexto e o sentido.  

Na maioria das vezes toda a palavra não está só. Nem quando sozinha, oral ou escrita, é acompanhada por quem a escolheu para pronunciar/anunciar pelo escrever, e a unidade linguística irá ao encontro de quem a ouvirá/lerá, irá recebê-la. 

A palavra une e reúne com outras para a formação do texto. 

Palavras são como águas. Filtrá-las é usar mais límpidas possível, ainda que nem todas tenham só purezas. Dependem de quem as escolhe na feitura da mensagem. Também de quem lerá. Águas, palavras não lidas quando ignorado o significado, evaporam. Na chuva vemos, lemos, absorvemos molhados/encharcados o que afirmam.  

O Mundo é a palavra. A palavra é o Universo. Global e da aldeia. 

Palavra, uma das maiores invenções da Humanidade. Arquitetura vocabular simples, complexa, que jamais está pronta, edificada progressiva e transformadora, palavra humana do ser que com ela se torna (mais ou apenas) humano.  

Fases de Fazer Frases (I)

A primeira palavra é ponto de partida. 

Fases de Fazer Frases (II)

A última palavra é ponto final. 

Fases de Fazer Frases (III)

A que ponto está cada palavra? 

Fases de Fazer Frases (IV)

Conto com as palavras. Não conto palavras.

As palavras é que me dão conta.      

Fases de Fazer Frases (V)

Complexo o anexo sem nexo?

Contemple o sexo conexo.    

Fases de Fazer Frases (VI)

Até lá.
A tela.
Até ela.
Atrela.

Olhos, Vistos do Cotidiano

Por necessidade, eu tive que sair. Na avenida principal de Campo Mourão e em pontos e tempos diferentes, encontrei dois ilustres imortais da Academia Mourãoense de Letras, Jair Elias dos Santos, escritor e historiador, e o jornalista do Boca Santa Sid Sauer. Eles estavam com máscaras e a saudação foi rápida, mantida distância social. A AML por enquanto só realiza reunião remota, virtual. Palavras não deixam de se propagarem. 

Farpas e Ferpas

Puro é o ingênuo não pego em flagrante.

Reminiscências em Preto e Branco (I)

Há 25 anos resta a saudade, contínua. Derradeiro, derramado choro, 26 de junho de 1995, meu coração prossegue, a lhe pedir a bênção, querido pai Eloy Maciel. 

Reminiscências em Preto e Branco (II)

Também em junho, há nove anos, dia 21, no azul infinito, desde então na aliança da eternidade, foi ela ao encontro de ti, Eloy, sempre amada, também por nós, Elza Brisola Maciel. Sua bênção, mãe.

Reminiscências em Preto em Branco (III)

Lembrar daqueles que se transformaram em saudades é homenageá-los para sermos dignos do legado que eles nos atribuíram, familiares, amigos. É sentir o coração sem todo o aperto, conformados e orgulhosos pelo que foram em vida, amados além.  

José Eugênio Maciel | [email protected]