Sabe da última?
“A última vez! A gente nunca sabe quando vai ser…
A última viagem, a última férias, a última festinha na escola, o último almoço, o último café, a última reunião de amigos, o último encontro, o último olhar, o último beijo,
o último abraço, o último bom dia, o último oi, o último boa noite, o último adeus,
a última palavra. Portanto, a aproveitemos cada instante com intensidade,
ternura, gentileza e amor, pois toda ação, palavra ou acontecimento,
pode ser o último de nossas vidas…(.)
Ruth Augusto
Caro leitor não se preocupe em responder a pergunta do título que abre esta Coluna. A última é esta: a Coluna. Antes de prosseguir, manifesto o meu muito obrigado, caro leitor, por ter lido o conteúdo deste espaço. A mensagem visa encontrar quem a receba. Sou grato pela atenção para esta Coluna. Obrigado!
No último dia do mês. Última do ano. Ou seja – para enfatizar, mesmo não sendo preciso – última Coluna do ano.
De certo modo e sentido, a própria vida é a última a cada dia vivido, ou não. Vida é última por ser
Refletir sempre e sobretudo a cada momento de nossa vida pareça ser – e é – tudo última vez. O sentido é aproveitarmos cada instante como se fosse o último. Sim, tal expressão tornou-se há muito lugar-comum, chavão. Mas o dito popular é na maioria das vezes concepção teórica, pois não colocamos em prática.
A última vez é o somatório de todas as últimas vezes do que somos.
Última Coluna, encerro com Vinícius de Moraes, trecho da crônica:
“Voltou-se e mirou-a como se fosse pela última vez, como quem repete um gesto imemorialmente irremediável. No íntimo, preferia não tê-lo feito; mas ao chegar à porta sentiu que nada poderia evitar a reincidência daquela cena tantas vezes contada na história do amor, que é história do mundo. Ela o olhava com um olhar intenso, onde existia uma incompreensão e um anelo, como a pedir-lhe, ao mesmo tempo, que não fosse e que não deixasse de ir, por isso que era tudo impossível entre eles”.
Fases de Fazer Frases (I)
Atrasei, não perdi a hora. Só não a encontrei.
Fases de Fazer Frases (II)
Não confundamos: Menosprezos com Menos presos.
Fases de Fazer Frases (III)
Não confundamos: Medeia com Me dê-a.
Fases de Fazer Frases (IV)
Quando nada restar, é o resto de tudo.
Olhos, Vistos do Cotidiano
Nesta época do ano, se fala estar de férias, em vez de estar em férias. A Coluna já abordou a questão. Transcrevo a página virtual do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação Continuada: “Embora o uso de ambas as preposições sejam usualmente aceitadas na língua portuguesa, na gramática formal, a forma correta para certos casos é “entrar em”. Por causa da regência do verbo estar. Além disso, quando essa expressão é acompanhada de um adjetivo ou locução adjetiva, o uso da preposição “em” torna-se obrigatório. Veja: ‘Entraremos em férias coletivas semana que vem’. ‘Estarei de férias a partir da semana que vem’.
Caixa Pós-Tal
Li sua coluna de domingo na tribuna e fiquei muito feliz.
Se sou hoje quem sou, devo muito a você. Naquela época, ainda ‘comunista de PCdoB’, o livro Revolução dos Bichos e suas posições me fez evoluir demais!
Hoje, com a barbárie na porta, com o culto à burrice se tornando regra, muito me deixa feliz com os conteúdos desses. A gente vai superar isso, e homens como você já contribuíram e ainda vai contribuir muito.
Sucesso e vida longa meu eterno professor da verdadeira sociologia. Abraços e sucesso!
Tais palavras são de um ex-aluno meu no Ensino Médio, o André Luiz Alves. Nos tornamos e mantemos a amizade. Tanto é assim que, ele se manifestou em outubro, dia 26, mas somente agora registro e agradeço a consideração dele. Não existiu nem existirá esquecimento, foi só por ter ficado tanto feliz que se quer conseguira responder logo em seguida. Grato, amigo!
Farpas e Ferpas
Quem responde tudo depressa erra rapidamente.
Quem responde tudo devagar, acerta lentamente.
Sempre é bom prestar atenção às perguntas. Até se não prestarem.
Farpas e Ferpas (II)
Vontade só passa se deixarmos que ela passe?
Farpas e Ferpas (III)
Palavras ao vento.
Palavras que o vento leva.
Palavras desta Coluna.
Pobre do vento!
Farpas e Ferpas (IV)
Intenso calor, sem chuva. Nem dá para ventilar hipótese contrária.
Reminiscências em Preto e Branco (I)
O calendário é lendário. Todo ano e o ano todo ele é registro, passagem do tempo. Um novo ano não significa simplesmente tirar o velho para substituí-lo. Ao anterior ainda recorreremos sabe-se lá quando.
Reminiscências em Preto e Branco (II)
Tardança da vida, reúno pertences no relicário, quem sabe me remocem.
José Eugênio Maciel | [email protected]