UEL, UEM e UEPG, céleres há meio século

“Dinâmica e atenta aos sinais de desenvolvimento, a UEL é imprescindível para Londrina e toda a região. Não é exagero afirmar que sem a UEL
boa parte do Norte do Paraná desapareceria do mapa”.
Jornalista Marco Rossi

Elas estão de aniversário, 50 anos! As Universidades Estaduais de Londrina, de Maringá e a de Ponta Grossa foram criadas com um único ato público governamental. Todas elas se tornaram sólidas estruturas educacionais de desenvolvimento nas respectivas cidades e regiões, consequentemente do Paraná.

É impossível hoje imaginar Londrina, Maringá e Ponta Grossa sem tais escolas de ensino superior. As então jovens cidades Londrina e Maringá eram promessas de crescimento devido ao solo fértil, mas com núcleos urbanos incipientes. A centenária Ponta Grossa, turística e entroncamento de estradas ferroviárias, a Universidade foi também imenso impulso no crescimento. O conhecimento encontrara – não por acaso – elevado espaço a profusão de saberes nestas Universidades públicas, determinantes no progresso naquelas regiões Norte, Noroeste e Sul.

Segundo o livro biográfico do Paulo Pimentel, o intuito do então governador, era criar apenas a universidade de Londrina. Contrapondo o ímpeto visionário e ousado, teve quem se manifestou veementemente incrédula, como a Universidade Federal do Paraná, que achava, no meio do sertão, além de não ter, para lá não viriam professores encarregados de “desbravarem” inóspitas cidades. “Resolvi mostrar que estavam errados e criar outra universidade no Estado. E, é lógico, depois da capital, a maior cidade era Londrina”, relata Pimentel no livro Vim Vi Venci [assim, sem vírgulas], escrito por Cleverson Garrett.

Atribui-se como na totalidade que o desenvolvimento londrinense, maringaense e ponta-grossense deve-se sobretudo as atividades agropastoris. De fato, não se trata de negá-las, mas eram restritas a matéria-prima, vendida para serem industrializadas fora do Paraná.

Sem dúvida as universidades anteciparam em décadas, as grandiosas condições de progresso humano e tecnológico. Ensino, pesquisa e extensão, elas ocupam destacadas posições no ranking brasileiro, com tamanha e destacada importância que começam a ter brilho ainda maior como conceito e tradição. Sem exagero, a história dos citados municípios se distingue entre o antes e o depois das universidades, como o Paraná. Independentemente do futuro, ele existirá certamente conforme a dinâmica dessas Universidades.

Nascido em Avaré, o paulista Paulo Cruz Pimentel, eleito pelo voto direto, é ainda o mais jovem governador da história do Paraná. Chegou ao Palácio Iguaçu aos 37 anos, mandato de 1966-1971. Fui encarregado como orador de um curso no qual fui professor, para fazer-lhe a saudação, quando fiz referências a inegável contribuição dele para um Paraná não só melhor, mas a frente de um tempo que sequer a população imaginara ser possível. Pimentel tem 93 anos.

Fases de Fazer Frases (I)
Até a mais duradoura certeza tem fim.

Fases de Fazer Frases (II)
Caráter não se põe a prova. Se prova por si.

Olhos, Vistos do Cotidiano
Desinteresse é a palavra-chave da notícia desta Tribuna, a respeito dos candidatos a emprego em Campo Mourão, segundo a Agência do Trabalhador. Na matéria do jornalista Valdir Bonete, Walter, os pretendentes deixam contatos como telefone, mas não são encontrados, tem candidatos que nas entrevistas fazem exigências. O que talvez seja pior, candidatos que recebem encaminhamento para entrevista no local de contratação mas não aparecem e não dão satisfação.

O desinteresse é enorme quando se trata de qualificação. Dois casos são mencionados na reportagem, o curso de auxiliar automotivo (20 vagas do Senai) e outro bancado pelo Município é o “técnicas em açougue”, do Senac e Supermercados Paraná, com baixo interesse. A Agência continua com campanhas, indo atrás dos desempregados e de quem pretende pela primeira vez ingressar no mercado de trabalho. Só falta buscar em casa.

Farpas e Ferpas (I)
Quem ouve calmamente não tem pressa para dizer.

Reminiscências em Preto e Branco
O autêntico líder comunitário, tinha muitos amigos e sabia cativá-los, pela atenção, singularmente própria. Tais características o guindaram a vida pública, a vice-prefeito de Mamborê (1977-1983). Com a emancipação de Juranda, Diemes Amadei foi eleito o primeiro prefeito, (1983-1988). Geriu com austeridade e transparência os recursos públicos, realizando obras e prestação de serviços correspondentes a verdadeiros interesses de sua gente. Não era de ficar em gabinetes, preferia o contato direito com os cidadãos, atencioso, falava com tranquilidade, voz serena. Certa ocasião, de passagem por Juranda, fui visitá-lo na casa dele, recebido fraternalmente, Diemes era atento a família e o município, devotado ao lugar que tão bem cuidou. Aos 86 anos, 24 de setembro, é agora legado, uma altiva e vitoriosa vida, deixa três filhos, sete netos e quatro bisnetos e uma comunidade de numerosos amigos.

José Eugênio Maciel | [email protected]